Marisa Furtado
22 de junho de 2011 - 4h40
Agora que estou me aprofundando melhor no resultado do direct, diria que estamos meio como café solúvel, misturados a uma porção de outros ingredientes. Mas o fato é que claramente podemos ver aqueles que estão usando as novas tecnologias, redes sociais e aplicativos e os que estão sendo usados por eles.
É diferente quando você cria e depois pensa nos meios de atingir o consumidor e vice-versa. Neste sentido, até entendo Grand Prix da nossa categoria, uma iniciativa de muita coragem. Porque na realidade tá sobrando device e faltando conceito. Mesmo com toda esta coisa de contar histórias, os truques eletrônicos continuam encantando, como protagonistas, o que não deveria acontecer. Mas também tem coisa bacana, que merece ser premiada, quando alguém cria um novo modelo de negócios, a partir da plataforma digital, como foi o caso do supermercado TESCO, que encheu o metrô da Korea de gôndolas virtuais, em tamanho real. Voltando para casa, você escanea o QR code diretamente dos produtos expostos e faz a sua compra, que é entregue em casa. Aí, sim… Comunicação, inovação e resultado andam juntos. Valeu os 2 ouros. Outro exemplo simples: salve seu arquivo com a extensão WWF (sim,sim, a ONG), o que significa que o arquivo não deve ser impresso. Isso é inteligente, o insight veio antes da tecnologia. Ainda vou “caçar mais algumas pérolas” e por conta disso os leões do Brasil continuam tendo mérito. Mas fora destes propósitos, tenho a sensação que estamos vivendo o momento da “instalação”na comunicação. Lembra nos anos 70, quando tudo na arte tinha que ser instalação?
Agora é com a gente: são provocações sob a forma de performances, flashmobs, objetos ou de feitos surpreendentes que temos que criar para tentar sensibilizar nosso target. A reação social está envolvida nisso. O aval da compra ou da atitude em relação a uma marca tem que ter o aval da comunidade. Enfim, estratégias para “desarmar as pessoas”que queremos atingir. Tá todo mundo fazendo isso até que se resolva o que será da comunicação na próxima década. Até lá, pelo menos, continuo acreditando que as ideias e os ideais vëm antes.
Marisa Furtado é sócia, vice-presidente e diretora de criação da Fábrica Comunicação Dirigida
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