Assinar

Fazer o bem sem olhar a quem

Buscar
Publicidade
Ponto de vista

Fazer o bem sem olhar a quem


29 de abril de 2012 - 10h58

Fui convidado pela coluna Em Perspectiva do Meio & Mensagem (leia aqui) para falar sobre o engajamento no Brasil. Gostaria de compartilhar minha opinião e ouvir a de vocês.

O Brasil doa menos tempo e dinheiro do que a média da população mundial e ocupa a 76º posição entre 153 países pesquisados pela Charities Aid Foundation e o Instituto Gallup para avaliar a prática de atitudes altruístas. Apenas a título de curiosidade, a Colômbia está em 50º. Esses dados, se todos nós fôssemos somente racionais, já encerrariam a questão. Mas como a aritmética só funciona 100% em matemática, existem alguns pontos que valem a pena ser analisados.

Como um otimista incorrigível, eu vejo que estamos vivendo uma fase crescente desse tipo de engajamento. “Ah, Hugo, qual é, melhoramos de uma nota 1 para uma nota 1,5? – por exemplo” – diriam os mais duros. “Tudo bem, mas crescemos 50%, então.” O que eu quero lembrar a quem está lendo é que viemos de um país que sempre teve que lutar para sobreviver, como então, pensar no próximo?

De novo, pode vir alguém mais frio nas análises e nos comparar com a Colômbia – que também sofreu e sofre desse mal. Mas aí, eu recorro à frase de um médico que uma vez disse: “A medicina não tem todas as respostas que acreditamos que ela tenha”.

Não existem também respostas exatas (no plural mesmo) para explicar como um país que se diz e acredita ser solidário não figure nem na frente de países mais pobres como a própria Colômbia. Graças a Deus isso vem mudando. Não tão rápido e eficaz como adoraríamos ver, mas é um processo. E você não faz uma mudança dando uma Festa Inaugural de Novos Pensamentos, e pronto: deu certo. Não é assim.

Acho que o papel das agências tem, sim, crescido muito nesse sentido. Vejo que muitas empresas privadas também estão se dando conta da importância de investir numa campanha social ou ambiental. Mídias poderosas como o SBT adotam causas e levam mensagens sociais e ambientais a milhões de brasileiros, como no caso do ‘Desarmamento’. Ou mesmo na ‘Doação de Sangue’.

Para ser ainda mais contundente com apenas um exemplo, a emissora do Seu Sílvio tem um guarda-chuva para todas essas ações: o SBT DO BEM. E não faz isso para ganhar prêmios em festivais. Faz por responsabilidade social, ambiental e por cidadania. Assim como o SBT, outras grandes forças do mercado também se empenham cada vez mais nesse papel de difusora da informação útil e construtiva.

O que precisamos fazer para melhorar ainda mais, não apenas essas ações, mas tudo que se refere a desenvolvimento e crescimento, é apresentarmos sempre soluções inteligentes e viáveis para cada crítica dura que fazemos. Se cada um fizer isso, em 10 anos seremos o melhor país do mundo. Se continuarmos a cultuar a crítica pela crítica, a acreditar que o Brasil se resume ao que vivemos e não ao que nem sequer imaginamos, daqui a 10 anos seremos um país rico. Mas egoísta e cego. Faça a sua parte agora, responda: “O que você fez pelo bem do seu país, ou do seu bairro, ou do seu vizinho, ou de algum familiar, hoje?”.

Hugo Rodrigues, COO&Chief Creative Officer da Publicis no Brasil 

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Britânia promove espetáculo natalino ao som de Air Fryers

    Britânia promove espetáculo natalino ao som de Air Fryers

    Iniciativa foi desenvolvida pela Calia Y2 Propaganda e Marketing e conta com a presença do maestro João Carlos Martins

  • Campanhas da Semana: verão, festas e presentes

    Campanhas da Semana: verão, festas e presentes

    Intimus reforça importância do conforto no Verão, enquanto McDonald’s e Multishow apostam em música para se conectar com o público