Morre Preta Gil, cantora, empresária e sócia da Mynd
Artista tinha 50 anos e lutava contra um câncer desde o início de 2023; em 2017, ingressou como sócia na operação da agência de influência

Cantora e empresária, Preta Gil tinha 50 anos e dese 2023 fazia tratamentos para combater um câncer (Crédito: Reprodução/Instagram)
Morreu neste domingo, 20, a cantora e empresária Preta Maria Gadelha Gil Moreira, a Preta Gil. Filha do músico Gilberto Gil e de Sandra Gadelha, a artista tinha 50 anos e, desde janeiro de 2023, fazia tratamento contra um câncer.
Desde maio, Preta vivia na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, onde tentava tratamentos experimentais contra a doença. Antes, no Brasil, passou por intervenções cirúrgicas e também fez quimioterapia e radioterapia. Ela deixa o único filho, Francisco Gadelha Gil Moreia Müller de Sá, de 30 anos, e a neta, Sol de Maria.
Além da carreira artística, Preta Gil era, desde 2017, sócia da Mynd, empresa de agenciamento de influenciadores e criadores de conteúdo, que tem Fátima Pissarra como CEO.
O mercado publicitário e os negócios da comunicação sempre permearam a trajetória da artista, que nasceu em agosto de 1974, no Rio de Janeiro. Aos 16 anos, trabalhou na organização de um camarote no Carnaval de Salvador. Seu desempenho na tarefa chamou a atenção de Nizan Guanaes, publicitário que a convidou para estagiar na DM9, em São Paulo.
Preta trabalhou por dois anos na agência e, depois, voltou a morar no Rio de Janeiro, onde desenvolveu diversas atividades nas áreas de produção e publicidade. Aos 20 anos de idade, junto da sócia Monique Gardenberg, criou a Dueto Produções, empresa especializada em filmes publicitários.
Os trabalhos na área de comunicação ocuparam praticamente toda a sua agenda até o início dos anos 2000, quando decidiu investir na carreira artística e lançou o disco Prêt-à-Porter.
A vida como cantora, com shows e turnês, ganhou força, projetando preta no cenário musical do País. Ainda assim, a veia publicitária voltou chamar Preta, que em 2017 ingressou como sócia no projeto da Music2Mynd (empresa que, posteriormente, originaria a Mynd) e que, na época, tinha como proposta criar negócios para nomes da cena musical.
A empresa evoluiu e se tornou a maior agência de influenciadores do País, com mais de 400 funcionários e atuação não somente no agenciamento de talentos, como também na criação de conteúdo e de produtos licenciados.
No Instagram, a Mynd comunicou a morte da sócia, destacando que “Preta foi uma mulher transgressora, sempre à frente do seu tempo”. Veja:
Em 2019, a Mynd conquistou o Prêmio Caboré na categoria Serviços de Marketing. Preta Gil esteve no palco do evento para receber o prêmio ao lado dos demais sócios da agência, Fátima Pissarra a Carlos Scappini.

Fátima Pissarra e Preta Gil celebram o Caboré conquistado pela Mynd em 2019 (Crédito: Arquivo/M&M)
Em 2022, em entrevista concedida ao Meio & Mensagem, a cantora e empresária analisou a evolução da indústria de publicidade atual com aquela que ela encontrou há 30 anos, quando iniciou a carreira.
Preta avaliou que houve uma melhora na indústria em termos de diversidade e inclusão e que muito disso partiu de iniciativas dos próprios grupos minorizados.
“As pessoas pretas, criativas, trans, pessoas LGBTQIA+, querem ser incluídas no mercado. Mas, já que eles não nos incluem, vamos nos fortalecer”, disse a cantora. Relembre: