Meio & Mensagem
8 de julho de 2011 - 2h59
De um país discreto, sossegado, quase entediante, surge um dos mais significativos movimentos revolucionários dos últimos tempos: o Anti-Power Point Party. O partido político suíço cuja plataforma é combater as apresentações em Power Point.
Já estava na hora de alguém erguer a voz em defesa das pessoas torturadas em reuniões por esse instrumento impiedoso que nos enche o saco, nos expõe a tabelas, gráficos e toda sorte de charts desinteressantes, várias vezes com letrinhas miúdas que debocham de nossas limitações visuais. Já estava na hora de desmascarar os apresentadores que não conseguem se comunicar sem ler o que está escrito na tela, como se todos na reunião fossem analfabetos.
Um país como o nosso, exemplo de democracia e pluripartidarismo, tem a obrigação moral de seguir o exemplo dos suíços e abraçar essa causa politico-social-humanitária. Adaptando a sigla para o português, teríamos PAPP (Partido Anti-Power Point) em vez de APPP. Taí um bom tema para debate: usar o nome do partido todo em inglês (já que power point não tem tradução mesmo), ou preservar nossa cultura traduzindo pelo menos a palavra “partido”, com o que o nome do dito cujo ficaria na ordem em que costumamos falar. Talvez APPP do B fosse uma solução salomônica. Sei não. Melhor reunir um grupo de notáveis da ABAP, ABP, APP e ABA pra decidir o melhor jeito de arrumar essas letrinhas.
Adilson Xavier é presidente e diretor nacional de criação da Giovanni+DraftFCB
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