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Projeto da Mynd estimula creators pretos na publicidade

“Wakanda is Here” incentiva mercado a explorar potencial criativo e o conhecimento de criadores pretos para além do racismo


26 de maio de 2021 - 6h00

Julio Beltrão: “Nosso propósito é continuar potencializando vozes negras” (Crédito: divulgação)

A Mynd anunciou a criação do projeto “Wakanda is here”. A ideia é impulsionar a negritude na publicidade e incentivar marcas e anunciantes a incluírem pretos em suas campanhas e projetos para além da fala sócio-racial. A iniciativa também quer destacar figuras e criadores relevantes para diversos segmentos, que muitas vezes não são percebidos pelas marcas por não terem números estrondosos de seguidores, comparados aos criadores brancos, mesmo dominando outras temáticas.

“Nosso propósito é continuar potencializando vozes negras e conseguir puxar mais pessoas pretas comigo. E quando eu brinco que esse projeto se chama ‘Wakanda é aqui’ é muito sobre isso, porque Wakanda não é um lugar imaginário, é real, existe, estamos aqui e queremos trabalhar”, conta Julio Beltrão, head do núcleo de creators pretos da agência.

O projeto é liderado por Julio, tem uma equipe 100% negra e quer mudar a realidade da publicidade brasileira. O estudo “Um retrato sobre Creators Pretos no Brasil”,  realizado por meio de uma parceria entre Black Influence, Site Mundo Negro, Youpix, Squid e Sharp mostrou que 57% dos criadores de conteúdos são brancos, 22% são pardos, 17% são pretos, 3% são amarelos e 1% são indígenas. O líder conta que irá trazer para as marcas diversas opções de criadores de conteúdo pretos que tem match com o briefing e segmento,

A campanha realizada com o Gil do Vigor, ex-BBB21, para o Santander, conta, já está dentro do ideal do núcleo. “O Gil no Itaú, por exemplo, seria algo normal, pois o banco já tem essa bandeira e já trabalha esse discurso. O Gil dentro do núcleo do Santander, é embasar um discurso que o banco também já trabalha, mas que ainda não tinha tido coragem ou oportunidade de fazer um trabalho bem grande com uma pessoa LBGTQIA+. Então quando a gente coloca uma preta, nordestina e gay para falar de uma coisa super séria que é o Open Banking, isso mostra que meu trabalho está sendo bem feito”, diz o head.

Segundo o executivo, quando a agência aumenta a visibilidade desses criadores em pautas que eles dominam, a abordagem da publicidade sai da ideia da representatividade e vai além, trazendo um reconhecimento de profissionais pelos seus talentos e buscando um pagamento de valores condizentes pelas entregas e métricas.

Hoje, a Mynd cuida de uma grande diversidade de criadores de conteúdo pretos como Tia Má, Camilla de Lucas, Ale Garcia, Babu Santana, Thelma Assis, Dona Carmem Virginia, Mc Soffia, Gleici Damasceno, Lidi Lisboa, Yuri Marçal e outros. Júlio conta que só de trazer esse olhar diferenciado para esses criadores, com o núcleo, a empresa já conseguiu bons resultados. Para este ano, a projeção é de um crescimento de 70% no volume dos trabalhos, além de ter a meta de dobrar o número de criadores pretos e criar o primeiro festival Mynd Preto

**Crédito da imagem no topo: Eugenesergeev/iStock

 

 

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