QG chega aos 20 com desafio
Posicionamento multidisciplinar é tratado como diferencial dentro do Publicis
Posicionamento multidisciplinar é tratado como diferencial dentro do Publicis
Felipe Turlao
6 de dezembro de 2011 - 11h15
Em duas décadas de mercado, a QG batalhou seu espaço as 50 maiores agências do Brasil graças, segundo seu sócio e presidente Paulo Zoéga, ao posicionamento multidisciplinar, com atuação em publicidade, mas também em promoção, ponto de venda e comunicação dirigida.
É com essa mesma arma que o executivo pretende manter a agência nessa lista. “O objetivo é nos consolidarmos entre as 20 maiores do Brasil nos próximos três anos”, afirma Zoéga, que afirma que 2011 é o período de maior faturamento para a QG em seus 20 anos, completados no final de novembro: R$ 175 milhões.
O desafio, no entanto, ganhou contornos mais dramáticos após a aquisição de 70% da empresa pelo Publicis Groupe. Muito se especula no mercado sobre uma possível absorção da agência pela Talent, mas Zoéga refuta a possibilidade. “Não existe hoje nenhuma perspectiva da QG ser absorvida pela Talent. Temos propostas diferenciadas de atuação no mercado, carteira de clientes independentes e composição acionária diferentes”, garante.
Ele acredita que a parceria, ao contrário, dará mais força à QG. “Para que possa ambicionar o crescimento que queremos a gente não pode ter um isolamento local”, analisa.
Quando surgiu em 1991 a QG era um projeto embrionário da Y&R com foco em pontos de venda, e tocad o por dois funcionários: Sérgio Lopes e Fernando Queiroz. Entretanto, a agência desistiu da empreitada, que acabou abraçada por Lopes e Zoéga, que deixou a direção do atendimento da Talent. Lopes acabaria deixando a empresa em 2007.
Com o tempo, a agência passou a atender verbas publicitárias “tradicionais”. Essa proposta de atuação que ia além da mídia, analisa o executivo, foi fundamental para que a agência atraísse as atenções dos sócios da Talent, que a enxergaram como complementar e a adquiriram em 1998. “Esse movimento foi importante porque demos um salto. Éramos uma agência pequena e passamos a ser média, com clientes como Fininvest e Americanas. Naquele momento, a Talent foi muito importante para o volume de negócios, porque muitos clientes que a procuravam recebiam a indicação para trabalhar com a QG”, relembra.
Hoje, garante, a relação é mais independente, embora Julio Ribeiro, Jose Eustachio e Antonio Lino tenham participação acionária. O chamado back office, revela, era feito pela Talent. Mas agora o serviço para as duas passou para as mãos do próprio Publicis.
Outro marco para a agência foi a regionalização, com a abertura do escritório no Rio Grande do Sul após a conquista de Big em 2003. A conta ficou sete anos na casa e sua saída ocasionou no fechamento da operação gaúcha. Mas a experiência serviu para colocar a agência no ranking das maiores do Brasil. Em 2010, a QG fechou em 38º lugar, com R$ 112 milhões em compra de mídia. Zoéga destaca ainda como herança da agência as pesquisas sobre varejo, concentradas em um núcleo de análises de tendências que já existe há sete anos, o QG Retail Lab.
Além de Zoéga, os principais executivos da QG hoje são Marcello Droopy (criação), Carlos Barbieri (mídia) e Edmilson Silva (financeiro). Alguns dos principais clientes são Adria, Dicico, Ipiranga, Mapfre, Monsanto, Ovomaltine e STI.
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