“Se o papa gera conflito, imagine nós”, diz Habib’s
Marca lança nesta semana duas campanhas humorísticas e irreverentes
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Karina Balan Julio
19 de janeiro de 2017 - 11h00
O Ragazzo, restaurante da rede Habib’s, divulgou nesta semana a campanha “Delação”, inspirada no recurso da delação premiada associado à Operação Lava Jato, em uma nova investida do grupo em uma comunicação voltada a temas quentes do cenário nacional. O filme, criado pela PPM Brasil, house agency do grupo Habib’s, divulga uma promoção das coxinhas do Ragazzo, ao mostrar um homem prestando depoimento a procuradores. Ainda nesta semana, a rede lançou outro filme realizado pela Publicis, onde dois políticos relatam um “esquema” de descontos.
Embora não se posicione contra ou a favor da operação, esta não é primeira vez que as campanhas da rede tocam em pontos sensíveis de um País em crise política e econômica. Em março de 2016, durante as manifestações referentes ao impeachment de Dilma Rousseff, a marca mobilizou internautas nas redes sociais com a hashtag #fomedemudança, causando muita repercussão e até críticas, dentre as quais a de que teria sido oportunista ao abordar o assunto. Em abril, às vésperas da votação do processo que determinaria a permanência ou não da presidente, a marca lançou a campanha “Caiu!”.
Segundo André Marques, diretor de criação de criação e marketing do grupo Habib’s, a abordagem indireta de temas de interesse público, de forma bem-humorada, é uma forma de competir com outras redes de alimentação. “Temos concorrentes internacionais com investimentos de mídia muito maiores, e para competir com eles enquanto uma marca nacional, precisamos falar de assuntos que o povo está falando. O que temos a oferecer é essa agilidade para mudar campanhas e assuntos de uma hora para outra, para que a marca seja assunto e que as campanhas sejam reconhecidas”, argumenta.
Os riscos envolvidos na atitude do Habib´s
Em um momento de alta polarização, no entanto, se posicionar é um risco que muitas marcas não gostam de correr, mas o Habib’s garante que não tem a pretensão de agradar a todos. “É impossível não causar conflito. Se até o papa coloca uma mensagem no Facebook e gera conflito, imagine nós, é difícil chegar em um consenso. Toda mensagem que tem algum tipo de personalidade mais forte nunca é unânime. Buscamos aceitação da maioria, mas nunca unanimidade. A gente não quer constrangimento e problema, mas não temos medo de falar sobre o assunto”, diz Marques.
Confira a última campanha da rede:
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