Veja os premiados do Festival da ABP
Marcio Borges, da WMcCann, foi eleito o Profissional Executivo ou Dirigente de Agência em uma das premiações; na outra, JWT foi a Agência do Ano
Marcio Borges, da WMcCann, foi eleito o Profissional Executivo ou Dirigente de Agência em uma das premiações; na outra, JWT foi a Agência do Ano
Teresa Levin
23 de outubro de 2018 - 10h19
Em um novo formato, a Associação Brasileira de Propaganda (ABP) realizou em um único dia o seu Festival de Publicidade, com uma série de palestras voltadas a estudantes e profissionais, e a revelação dos vencedores das tradicionais Lâmpadas em diversas categorias. Revelou ainda os premiados no Destaque Profissional da Comunicação, que prestigia os profissionais das diversas áreas. Antes eventos independentes, eles foram realizados em conjunto na última segunda-feira, 22, na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio. Se ao longo do dia o teatro e as salas de cinema do espaço na praia de Ipanema foram palco para palestras de diversos temas lideradas por mais de 40 profissionais, à noite a casa recebeu o coquetel prestigiado pelo mercado que foi seguido da premiação.
Com um número menor de categorias, o Destaque Profissional prestigiou, mais uma vez, os nomes eleitos pelos associados da entidade nas mais diversas áreas. Márcio Borges, da WMcCann, foi escolhido como Profissional Executivo ou Dirigente de Agência; Rafael Pitanguy, da Y&R, foi o Profissional de Criação; e Igor Puga, do Santander, o Profissional de Marketing do Ano. Na categoria Profissional de Veículo, João Carnevale, da TV Globo, foi o vencedor. Já o Profissional de Atendimento foi Fernanda Galluzzi, da Ana Couto. A ABP premiou ainda Yugo Motta, da Artplan, como Profissional de Planejamento; Paulo Ilha, da DPZ&T, como Profissional de Mídia; e Andrea Metzker, da NBS, como Profissional de Produção.
De volta após alguns anos sem ser realizado, o Festival da ABP foi mais enxuto, com apenas seis categorias. Outra novidade foi a estreia do prêmio de Agência do Ano, para a J. Walter Thompson. Com uma Lâmpada de Bronze, uma de Prata e uma de Ouro em cada categoria, a entidade entregou um total de 18 prêmios.Em Audio, a Lâmpada de Ouro foi para Formula Songs, da JWT para Coca-Cola. Já em Mídia Impressa foi para “Assinaturas”, da Propeg, para Migraflix; e a de OOH para “Segue o Jogo”, da Lew’Lara\TBWA, para Nissan. Em Promo o grande vencedor foi “Tutorial Comics”, da JWT, para Tramontina, e, em Digital, “Ricky Brasil”, da Ogilvy, para Forbes. Por fim, os jurados do Festival da ABP elegeram o filme Brastemp “HoMEMEnagem”, da FCB, para a Brastemp, como o vencedor da Lâmpada de Ouro da categoria.
Assédio em foco
Futuro, dados, storytelling, influenciadores e inovações na mídia out-of-home foram alguns dos temas que nortearam os painéis realizados ao longo do dia no Festival da ABP. Mas o mais contundente, que gerou reações emocionadas da plateia e sensibilizou o público presente pela gravidade do assunto, foi o sobre o assédio nas agências de publicidade. Comandado por Ken Fujioca e Ana Paula Cortat, ele trouxe dados da pesquisa que vem sendo divulgada pela dupla há quase um ano, com mais de 50 apresentações no eixo Rio-São Paulo.
Ana lembrou que confiança e ética são motores do mundo de negócios e parte de um assunto que está sendo discutido em todo mundo, por isso o tema assédio tem que estar na agenda das empresas de forma sólida. Já Ken observou que para essas discussões é difícil trazer CEOs e presidentes para a sala, mas é deles que deve partir a mudança para que seja realmente implementada e vire parte do código de conduta das agências.Foi a primeira vez que o estudo foi apresentado em um evento promovido por uma entidade do mercado e ainda com a presença de anunciantes. Participaram do debate as executivas Danielle Bibas (CCO da Avon) e Taissa Macaferri Licatti (Compliance Manager da Ambev). A CCO da Avon defendeu que os clientes tem o poder de puxar os fornecedores para que implementem coisas que não querem fazer por si só. “A política de compliance relacionada a códigos de conduta chegou muito antes aos clientes. Hoje temos uma série de exigências de como uma empresa que contratamos trata seus empregados”, disse.
Já Taissa reforçou a importância da participação dos presidentes e CEO’s nas ações ligadas ao assédio, reforçando a posição de Ken. “E não adianta posição, cartilha, canal. A organização tem que estar preparada para discutir o assunto e tomar as medidas. É uma posição que tem que vir do presidente, dos diretores. E não do RH”, falou. Ela antecipou que na Ambev a próxima etapa nesta luta será a exigência de que as regras que a empresa trabalha sejam também aplicadas a terceiros. “Minha política de respeito tem que ser aplicada em uma via de duas mãos”, pontuou.
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