Como a IA está redefinindo o que é ser criativo?
Paulo Aguiar apresentou no palco do Proxxima presentou exemplos práticos do uso da IA não como substituta do humano, mas como extensão poderosa da nossa capacidade de imaginar e realizar
Como a IA está redefinindo o que é ser criativo?
BuscarPaulo Aguiar apresentou no palco do Proxxima presentou exemplos práticos do uso da IA não como substituta do humano, mas como extensão poderosa da nossa capacidade de imaginar e realizar
Larissa Santiago
12 de junho de 2025 - 6h05
Paulo Aguiar, creator e co-founder do CR_IA, no palco ProXXima (Crédito: Máquina da Foto)
A palestra “Criatividade Ampliada: Como a IA está redefinindo o que é ser criativo”, com Paulo Aguiar, creator e co-founder do CR_IA, destacou no palco do Proxxima 2025 como a inteligência artificial está transformando a maneira como pensamos, criamos e executamos ideias.
Aguiar apresentou reflexões e exemplos práticos do uso da IA em processos criativos, não como substituta do humano, mas como uma extensão poderosa da nossa capacidade de imaginar e realizar.
“Não é a IA que vai te substituir. É alguém que sabe usá-la. Mas essa pessoa também não substitui só você, ela substitui dezenas ou centenas, a não ser que você faça algo que só você pode fazer”, afirmou.
Em seguida, ele propôs três perguntas essenciais para quem deseja se manter relevante no mercado de trabalho ou em qualquer outra área: “O que você faz hoje que poderia delegar para a IA? O que só você é capaz de fazer? E o que você sempre quis realizar, mas nunca foi possível até agora?”
A partir desses questionamentos, Aguiar apresentou uma série de demonstrações com inteligência artificial, como a criação de músicas, vídeos, imagens hiper-realistas, apresentações e aplicativos, desenvolvidas por meio de plataformas de IA como Midjourney, Crea, Visual Electric e Cling.
Em uma das experiências, demonstrou a interface de um app que desenvolveu em 23 minutos. “Nunca programei na vida, só sabia HTML. Hoje, criei um app inteiro em menos de meia hora. Isso muda tudo”, disse.
O conceito de vibe coding, segundo ele, representa essa nova era: “É a possibilidade de designers, criativos e marketeiros se tornarem founders. Qualquer pessoa com uma boa ideia pode lançar um MVP sem depender de um time técnico.”
Além das ferramentas, o destaque ficou para os chamados agentes autônomos e o protocolo MCP, tecnologias que permitem à IA realizar tarefas completas de forma independente.
“Antes, a IA pensava por você. Agora, ela age por você”, explicou, ao mostrar exemplos de agentes que compram passagens, fazem pesquisas, montam dashboards e até produzem conteúdo para redes sociais, tudo automatizado.
O fluxo de criação precisa ser dividido entre um ser humano e a IA.
“Escrevo roteiros ruins e peço para o ChatGPT escrever outros piores ainda. A partir disso, nasce um roteiro bom. Esse é o meu processo”, contou, reforçando que criar junto com a IA é uma forma de acelerar descobertas — e não de eliminá-las.
“A IA é puxa-saco de fábrica? Personalize. Usar o ChatGPT sem configurar é como contratar um assistente e nunca explicar o que você faz”, pontuou.
No entanto, Aguiar reforçou que a base da criatividade permanece humana.
“Ferramentas mudam o tempo todo. O que não muda tão cedo é adaptabilidade, autenticidade e criatividade.” E completou: “A IA não serve apenas para acelerar processos, ela viabiliza o impossível.”
Ao final, a provocação que encerrou a palestra foi direta: “Se você pode sonhar, pode realizar — especialmente se souber usar a inteligência artificial de forma criativa.”
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