Na era da influência, o que vale é a autoridade, segundo Camila Farani

Larissa Santiago
12 de junho de 2025 - 10h34

A palestra “Do Alcance à Autoridade: Por que a Nova Influência se Mede em Credibilidade”, com Camila Farani, empresária e empreendedora, propôs uma virada de chave no modo como profissionais de marketing, criadores de conteúdo e marcas enxergam o papel da influência digital.

O recado dado por ela no Proxxima 2025 foi direto: ser influente não basta — é preciso ser autoridade.

Camila questionou a lógica do alcance a qualquer custo e defendeu a construção de uma presença digital baseada em profundidade, consistência e propósito.

“Só sobrevive quem entretém, educa ou resolve um problema. A autoridade traz mais credibilidade, reputação e imagem para a marca do que alguém que só tem seguidores”, disse.

A empresária apontou que o tempo dos influenciadores genéricos. como aqueles que só postam o café da manhã ou o look do dia, está com os dias contados.

Camila reforçou que os criadores de conteúdo que dominam seus temas e constroem propriedade intelectual são os que, de fato, se tornam referência.

“Influencer depende de audiência e views. Creator com autoridade tem visão e modelo de negócio”, explicou.

Conteúdo com propósito

Ela também apresentou o que chama de “novo tripé do criador de autoridade”: conhecimento especializado, narrativa forte e um modelo de monetização direto — que vai além das campanhas publicitárias tradicionais.

Camila citou plataformas como LinkedIn, YouTube, podcasts e newsletters como espaços férteis para a construção de autoridade.

“O Instagram é ótimo para alcance, mas é no podcast e na newsletter que você fideliza. Short form atrai, long form converte”, disse, reforçando a importância de conteúdo com profundidade.

Outro ponto destacado foi a criação de comunidade. Segundo Camila, mais valioso do que um viral é um grupo engajado que confia no que você entrega.

“Newsletter e comunidade são mais valiosas do que qualquer número de curtidas”, pontuou.

Ela ainda provocou o público com uma pergunta: “Você seria pago para falar sobre isso?”.

A ideia é que cada profissional avalie se o conteúdo que produz é relevante o bastante para gerar valor — não só engajamento.

Ao fim, a empresária reforçou a importância de alinhar carreira com propósito.

“Se você não se sentir realizado quando deitar a cabeça no travesseiro, se reinventa. E se for preciso, se reinventa quantas vezes for necessário. O sucesso é efêmero. A autoridade é construída com o que fica”, finalizou.