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Poesia heavy metal

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Fora do Expediente

Poesia heavy metal

Ricardo Silvestrin - Redator da Escala


8 de julho de 2013 - 8h19

“Quem me levou a escrever poesia? O Deep Purple. Tinha 15 anos e queria fazer uma banda de rock pesado. Como tocava um mísero violãozinho, comecei a escrever letras de música. Caso aparecessem os cabeludos me convidando para montar uma banda, diria: faço as letras. Li uma antologia do poeta Manuel Bandeira, para ver como ele criava os versos, e vi que aquela poesia era heavy metal no papel. Bagunçava tudo: ideias, palavras e, sobretudo, o que alguém previamente esperava encontrar num livro de poesia. Escrevi muito, fiz faculdade de Letras e lancei 18 livros: oito de poesia, um de contos, um romance e mais seis de poesia para crianças. Também fiz bandas — não como o Deep Purple — e lancei dois CDs. Claro, tudo fora do expediente em 20 anos de publicidade. O dia é grande. E a noite também. Metal, em lançamento, tem no título a homenagem a esse começo e define, de certa forma, a postura que tenho diante da poesia.” 

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