Como o mercado digital quer valorizar seus serviços e atuação

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Comunicação

Como o mercado digital quer valorizar seus serviços e atuação

Lançado nesta semana, Guia de Valores e Produtos e Serviços Digitais da Abradi estabelece referências de preços para serviços no ambiente online


26 de maio de 2022 - 16h10

A tecnologia e as transformações de consumo da sociedade já vinham provocando uma grande ebulição na indústria da comunicação dos últimos anos. Todo esse processo, no entanto, acabou ainda mais acelerado desde 2020, quando a pandemia pegou o mundo todo de surpresa e fez com que empresas e pessoas adotassem hábitos mais digitais e, com isso, modificassem suas rotinas de trabalho, consumo e lazer.

 

Crédito: Everything possible/shutterstock)

Acompanhar esse processo de intensas transformações é um dos maiores desafios da indústria de comunicação e, para os players que atuam no ambiente digital, torna-se algo ainda mais árduo devido à grande rapidez com que novos canais, meios e plataformas aparecem e ganham espaço entre os consumidores, exigindo mais atenção das marcas e novas habilidades das agências e empresas de tecnologia.

Bem antes da pandemia modificar ainda mais esse cenário, a Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi), que reúne mais de 600 empresas que atuam em diferentes esferas do ambiente online, já havia detectado, ainda em 2019, a necessidade de construir um guia proprietário que detalhasse os serviços prestados pelas empresas da área e que estabelecesse uma metodologia de precificação para o segmento.

Após três anos de elaboração, o Guia de Valores de Produtos e Serviços Digitais da Abradi foi apresentado ao mercado nesta semana, em um evento realizado em Brasília. O documento levou mais de três anos para ser moldado e contou com a participação das diretorias regionais e nacional da entidade, além de cerca de 100 associados, que contribuíram nas fases de pesquisas de valores de cada produto ou serviço.

“O mercado digital nunca esteve tão aquecido. Sabemos que potencializado pela pandemia de Covid-19, o digital vivenciou uma ascensão rápida, constante e duradoura. Novas entrantes foram chegando e novos mercados foram se desenvolvendo. Com isso, foi se tornando cada vez mais forte a necessidade de um material que fosse focado na realidade digital, contemplando a imensa gama de produtos e serviços que existem nesse universo e que demonstrasse e, principalmente, nivelasse os valores praticados pelos diferentes agentes digitais”, explicou Carolina Morales, presidente da Abradi.

Preços e complexidade

Carolina relata que o guia apresenta 147 diferentes produtos e serviços digitais oferecidos pelos associados, com descritivos de detalhes e diferenciação por níveis de complexidade. Esses tipos de serviços são divididos em nove diferentes áreas: planejamento, concepção criativa, desdobramento de produção criativa, produção de vídeo e animações, conteúdo, desenvolvimento, business intelligence e business analytics, martech e mídia.

Dessa forma, segundo a presidente da Abradi, é possível encontrar, por exemplo, o preço médio cobrado por um trabalho de criação de um infográfico estativo, animado em 2D ou animado em 3D, com a variação dos valores e das entregas de acordo com a complexidade.

Carolina destaca que, há alguns anos, a entidade contava com a Tabela de Valores Referenciais de Serviços Internos, elaborada pela Fenapro juntamente com os Sinapros, que visavam orientar a indústria acerca da precificação dos serviços digitais. A maior complexidade do segmento, no entanto, acabou trazendo para a entidade a necessidade de elaborar um documento próprio.

O Guia é disponibilizado apenas aos associados da entidade, mas também pode ser acessado por órgãos públicos e empresas interessadas em contratas serviços digitais. Nesses casos, é necessário solicitar o acesso ao guia diretamente à Abradi.

“Os especialistas responsáveis pelo conteúdo tomaram como base alguns insumos importantes, como licitações de serviços de comunicação digital bem-sucedidas, como também o modelo de edital realizado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Ministério das Comunicações”, diz Carolina.

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