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Amazon e Apple: o que vem depois do trilhão?

De acordo com especialistas em branding, a barreira ultrapassada pelas duas empresas em valor de mercado reforça conexão entre marketing e resultados


10 de setembro de 2018 - 8h05

 

Na semana passada, a Amazon atingiu US$ 1 trilhão em valor de mercado, marca que a Apple havia alcançado semanas antes (Crédito: Reprodução)

Um trilhão. Essa quantia, que ultrapassa o PIB de muitos países, foi a marca alcançada em valor de mercado por Apple e Amazon recentemente. A valorização dessas duas empresas, apesar de estar baseada na expectativa do mercado financeiro, sujeita a oscilações, reflete diretamente no valor das respectivas marcas. De acordo com o último estudo desenvolvido pela Interbrand, Apple e Amazon estão entre as cinco mais valiosas do mundo avaliadas, respectivamente em US$ 184,2 bilhões e US$ 64,8 bilhões. Neste contexto, o que a aposta do mercado tem em relação com a marca construída por trás dessas duas empresas?

Segundo Jaime Troiano, sócio fundador da Troiano Branding, o valor de mercado de ambas tem relação com a forma como elas foram gerenciadas e na maneira que construíram suas bases de entrega de experiência ao público. “E é, ao mesmo tempo, um enorme fortalecimento de sua reputação diante dos atuais e potenciais acionistas”. Ele considera que é a demonstração do quanto marcas que são inspiradas e conduzidas por propósitos tornam-se bem sucedidas. “Têm um poder natural de multiplicar seus resultados e deixam para outras empresas o exemplo da importância legitima de construir branding”, afirma.

A expectativa, base com a qual se trabalha o mercado financeiro para determinar o valor dessas empresas, é também construída por meio da conexão que essas marcas geram. “Quando falamos em expectativas, estamos falando de percepções, de opiniões, de futuro e, indissociavelmente, de marcas. Os diversos métodos que se propõem a determinar o valor das marcas nos oferecem números tão díspares quanto as regras que os governam. Ainda que por vezes um oceano os separe, importa aqui a intenção de medir a geração de valor deste intangível que captura e impulsiona riquezas para as organizações. Importa buscar compreender de alguma maneira este movimento”, observa Hélio Mariz de Carvalho, CEO e Sócio da FutureBrand.

O que vem depois do trilhão? Como garantir a continuidade do sucesso e a perpetuidade das organizações e suas marcas? Que papel marcas tão poderosas devem desempenhar nos dias de hoje e no futuro?

André Matias, diretor de estratégia e brand valuation da Interbrand, afirma que esse valor simboliza a solidez da Apple e Amazon, mas está sujeito a movimentos. “Quando pensamos em valor de mercado, existe uma volatilidade maior pelo impacto especulativo de compra e venda de ações. Ou seja, apesar de histórico e simbólico, esse é um número que pode variar muito e não necessariamente representar o real valor dessas empresas”. Ele ainda ressalta que o valor de marca ajuda a balizar melhor a relevância da Apple e da Amazon no longo prazo por considerar o desempenho financeiro projetado para essas empresas.

“Isso nos leva a intuir que compreender as marcas não pode ser simplesmente atribuir a elas um valor. Talvez, quando avaliamos o impacto das marcas, as melhores perguntas devessem ser mais abrangentes e ambiciosas. O que vem depois do trilhão? Como garantir a continuidade do sucesso e a perpetuidade das organizações e suas marcas? Que papel marcas tão poderosas devem desempenhar nos dias de hoje e no futuro? Que retorno darão a todos nós? Viveremos melhor por causa delas? ”, explica Hélio.

Neste gráfico, desenvolvido pela Interbrand, a evolução de Apple e Amazon em valor de marca nos últimos dezessete anos.

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