Dove e Getty Images defendem o fim dos estereótipos

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Dove e Getty Images defendem o fim dos estereótipos

Em parceria com a Girlgaze, as companhias lançam o projeto #ShowUs que se trata de um banco de imagens com 5 mil fotos para mostrar a verdadeira beleza da mulher


10 de abril de 2019 - 6h00

Uma pesquisa realizada pela Edelman Intelligence detectou que 70% da mulheres não se sentem representadas nas imagens que vêem no dia a dia. Diante desse dado, a Dove em parceria com a Getty Images, um dos principais produtores e distribuidores de imagens, e a Girlgaze, uma rede de 200 mil criativas, apresenta o projeto #ShowUs.

Segundo a marca, a iniciativa que está sendo produzida há um ano, consiste em um banco de imagens no Getty Images com mais de cinco mil fotos que representem as mulheres como elas realmente são para o uso na mídia e na publicidade. Até o momento, 179 mulheres de 39 países foram fotografadas por 116 mulheres e pessoas não-binárias – cuja identidade de gênero não é nem masculina nem feminina – da Girlgaze.

 

Beatriz Rodrigues, em ensaio para o banco de imagens do Getty Images (Crédito: Isabella Dias/#ShowUs/Getty Images)

De acordo com Renata Simões, senior manager of creative content da Getty Images, esta é a primeira vez na companhia, que cada uma das mulheres fotografadas definiu pessoalmente seus próprios termos de busca e tags para suas imagens, permitindo que elas definam sua beleza em seus próprios termos, garantindo que se sintam realisticamente representadas.

Em comunicado, Sophie Galvani, vice-presidente global da Dove, afirma que além de pedir que a mídia e anunciantes licenciem as imagens, o projeto também dá a oportunidade para as mulheres de todo o mundo fazerem parte da mudança, adicionando suas imagens à biblioteca. “Por mais de 60 anos, acreditamos em libertar as mulheres dos ideais de beleza e mostrar a diversidade de beleza em nossa publicidade. No entanto, isso não é suficiente, e não podemos fazer sozinhos a mudança sistêmica que precisamos”, diz Sophie.

No Getty Images, a pesquisa por “pessoas reais” aumentou 192% em relação ao ano passado; já a busca pelo termo “mulheres fortes” cresceu; por “mulheres diversas”, o aumento foi de 168% e, por “mulheres líderes”, de 202%. “Esses dados deixam claro que as mulheres procuram marcas que contem suas histórias e usem imagens que as representem visualmente”, comenta Renata.

(Crédito: Stephanie Foden/#ShowUs/Getty Images

O estudo ainda revela que 67% das mulheres estão pedindo que as marcas se mobilizem e assumam a responsabilidade pelo banco de imagens que utilizam. Além disso, 66% das mulheres sentem que a representação de formas e tamanhos corporais são limitadas. Para 64% delas, características como cicatrizes, sardas e condições da pele não são representadas e 7 em cada 10 entrevistadas também se sentem pressionadas para alcançar um padrão irrealista. As mulheres que se sentem piores em relação a si mesmas por verem uma definição limitada de beleza todos os dias dizem que as imagens estão impactando seu cotidiano – de ser assertivo (30%) a vestir as roupas que desejam (49%) ou expressar sua verdadeira identidade ( 37%).

A pesquisa da Edelman Intelligence foi realizada entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019 com 9.027 mulheres entre 18 e 64 anos em 11 países: Reino Unido, EUA, Canadá, França, África do Sul, Brasil, Argentina, China, Japão, Índia e Rússia. Segundo a senior manager of creative content da Getty Images, esses países foram selecionados para representar adequadamente a diversidade das mulheres em termos de cultura, crenças, pressão social e desenvolvimento econômico, bem como uma representação justa da diversidade de cultura e tradição em torno da beleza.

Beatriz Rodrigues, modelo do banco de imagens, que tem vitiligo – doença que causa despigmentação da pele na forma de manchas – , diz que nunca imaginou que participaria de algo parecido e que dificilmente vê pessoas com vitiligo na mídia e publicidade. “Aprendi a me amar ainda mais, a ter orgulho da minha pele do jeito que sou e também me orgulho dos traços e principalmente da minha história de vida. Eu me senti muito representada e emocionada quando me vi nos vídeos e fotos”, finaliza Beatriz.

*Crédito da imagem no topo: Stephaine Foden/#ShowUs/Getty Images

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