Mídia
MMB convoca: saia da sua zona de conforto
Profissionais de mídia se reúnem para workshop realizado pelo Meio & Mensagem com conteúdos da Hyper Island
Profissionais de mídia se reúnem para workshop realizado pelo Meio & Mensagem com conteúdos da Hyper Island
Roseani Rocha
14 de março de 2017 - 18h03
Cerca de 150 profissionais de mídia (mas não apenas eles) das principais agências e anunciantes do País estão reunidos no Sofitel Jequitimar, no Guarujá, litoral paulista, em mais uma edição do Mídia Master Brasil. O MMB, realizado pelo Meio & Mensagem há 12 anos, há dois tem conteúdo da Hyper Island, uma das escolas de negócio e consultoria mais relevantes do mundo. Este ano, o encontro também conta com patrocínio máster da GfK, UOL AdLab e Vevo.
Mas quem esperava discussões em torno de assuntos relacionados especificamente à área de mídia se surpreendeu com um conteúdo mais abrangente, logo no primeiro dia do evento, que vai até a quinta-feira, 16. Além disso, as falas de Nathalie Trutmann, da Hyper Island, durante todo o dia, foram entremeadas de convites à participação dos profissionais presentes. O tema geral do encontro, “Please, disturb”, vem sendo, de fato, colocado em prática.
Num mundo ao qual se tem dado a definição de “Vuca” (da sigla inglesa para volátil, incerto, complexo e ambíguo) e em que estima-se que 40% das 500 maiores empresas listadas pela Fortune simplesmente deixarão de existir, os profissionais precisam aprender a flexibilizar seu mindset para chegar a novas estratégias, lembrou Nathalie.
Ela mostrou o que as chamadas “Unicorn companies” têm de diferente – essas empresas, de rápido crescimento, devem chegar a movimentar US$ 100 trilhões em 2025, sendo o contraponto da estimativa em relação às hoje ainda poderosas da Fortune.
Nesse contexto de mudança, reconhecer as vulnerabilidades pode ser parte do processo evolutivo. O que às vezes vale mais do que se dedicar ao que ela chama de “second job”, que é preocupação em excesso em preservar a própria reputação e em esconder inadequações (camufladas, muitas vezes, em inúmeras reuniões).
Treinar “desaprender o que já foi aprendido”, orienta Nathalie, é um exercício melhor do que ficar esperando convites para treinamentos sobre o que é novo. Ela cita o exemplo da Y Combinator, uma das aceleradoras mais renomadas do Vale do Silício, que busca em suas contratações não o profissional que tenha as ideias perfeitas (porque elas não existem e, mesmo quando boas, podem passar por diversas mudanças), mas as pessoas que apresentem curiosidade, coragem e vontade de aprender.
Outro caso mencionado é o de Peter Thiel, fundador do PayPal, que faz uma única pergunta na hora de contratar alguém: “em que verdade importante você acredita que pouquíssima gente acredita?”. Nathalie repassou a pergunta aos participantes presentes e esta foi uma das que mais demoraram a ter respostas.
Não é fácil criar espaços de experimentação e desafiar o status quo.
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