Gamificação x Jogo

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Opinião

Gamificação x Jogo

Entenda a diferença


10 de fevereiro de 2022 - 14h00

Gamer (Crédito: Gorodenkoff-shutterstock)

Muito comentada e adotada nos últimos anos, a gamificação é uma ferramenta com o potencial de trazer resultados extremamente positivos independentemente do contexto que está inserida. De acordo com levantamento da empresa de consultoria P&S Market Research, o faturamento do setor deve ultrapassar US$ 22 bilhões até 2027. E, ainda que esse conceito tenha chamado bastante atenção recentemente, muitos ainda o confundem com jogos ou o ato de jogar.
Para explicar de forma simples, a ludificação – outro nome comum para a prática – é caracterizada pela aplicação de elementos, lógicas e mecânicas de jogos em atividades dos mais variados tipos. Nesse cenário, são utilizados recursos como recompensas sociais e materiais, designs criativos e diferenciados, storytelling, métodos de pontuação, feedbacks rápidos e componentes visuais de progresso e desenvolvimento com a intenção de tornar uma atividade, seja ela cotidiana ou não, motivadora, engajante, animadora, integrativa e divertida.

Porém, mesmo que haja uma diferença entre esses dois termos, algumas das ações de gamificação podem ter interfaces e plataformas semelhantes aos jogos. É natural que isso ocorra, principalmente devido ao fato de que os dois conceitos compartilham da mesma natureza e estratégias, e é por isso que tantas pessoas não entendem o significado do termo ludificação.

Mas é importante ressaltar que seus objetivos são completamente diferentes: enquanto os jogos possuem como principal – e às vezes única – intenção engajar os usuários, a gamificação tem objetivos mais profundos e complexos, que envolvem o aprendizado de novos conhecimentos e aumento do desempenho, por exemplo.

Embora muitas vezes as pessoas não se deem conta de que estão sendo atingidas por elementos da gamificação, eles estão presentes no dia a dia de boa parte da população, como nos programas de acúmulo de pontos das empresas, que permitem a troca por outros produtos, e nos cartões de fidelidade de bares e restaurantes, nos quais geralmente é estabelecida uma determinada quantidade de visitas a ser realizada no estabelecimento e ao final delas o cliente pode ser presenteado com um item do cardápio. Sem perceber, os consumidores são incentivados a consumir naqueles locais e criam uma relação mais próxima com eles – e tudo isso de forma muito natural e agradável.

Ainda que a adoção dessa estratégia possa ser feita em diversas situações, existem dois setores em especial que se beneficiam dela: o educacional e o corporativo. Na educação, ela pode ser usada para fazer com que os alunos aprendam com mais facilidade por se engajar com os conteúdos de forma diferente do que estão acostumados.
Já no universo corporativo, são capazes de tornar os processos seletivos menos cansativos, além de ajudar nas dinâmicas entre as equipes, promovendo mais produtividade, foco, motivação, integração e sentimento de fidelidade e pertencimento.

Os ganhos provenientes da adoção da gamificação são diversos e muito positivos, mas é importante ressaltar que tudo vai depender do seu bom uso. Por isso, é importante que haja um entendimento maior sobre o seu real significado, objetivos e aplicabilidade.

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