57% dos CEO’s brasileiros preveem crescimento em 2017
Líderes brasileiros são mais otimistas do que a média dos CEO's globalmente
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Apesar do começo de ano ainda difícil, a maioria dos líderes de empresas brasileiras estão otimistas em relação aos seus negócios. 57% deles acreditam que o faturamento irá se expandir nos próximos 12 meses, de acordo com a 20ª pesquisa global com CEO’s da PwC. Em 2016, este percentual era de 24%. Ao redor do globo, no entanto, apenas 38% dos CEOs acreditam em um aumento do faturamento no período. O levantamento da PwC foi realizado entre setembro e dezembro de 2016 com 1.379 CEO’s de 79 países da Ásia, Europa e América Latina.
Aproximadamente 80% dos CEO’s brasileiros acreditam em um aumento de receita nos próximos três anos, e quase a metade prevê crescimento econômico em 2017. O otimismo é maior do que os executivos do resto do mundo, já que apenas 50% dos líderes globais compartilha da mesma previsão em relação às receitas. Globalmente, 38% esperam que as receitas aumentem ainda este ano.
Para 90% dos CEOs brasileiros, haverá crescimento orgânico nos próximos 12 meses, enquanto globalmente 79% planejam seguir esse mesmo caminho. Quanto à estratégia para ampliar os resultados, a redução de custos é a principal medida para 86% dos brasileiros e 62% dos líderes globais, seguida da formação de alianças estratégicas.
Fernando Alves, sócio presidente da PwC, aponta as discussões das reformas previdenciária, trabalhista e tributária como os principais motivos do otimismo entre o empresariado brasileiro em relação aos CEO’s Globais. “Independentemente das posições políticas de cada um, o país começa a discutir os seus problemas e as reformas necessárias que, se aprovadas, podem aumentar a produtividade do país e melhorar as contas públicas. Não é que os empresários acreditem que o país vai de bem a melhor. Os problemas existem e precisam ser solucionados para que, de fato, o país retome uma trajetória robusta de crescimento sustentável e distribuição de renda. Há clara reversão de expectativa e mais confiança”, afirma.
Perspectivas e desafios
No Brasil, mais de 40% dos líderes pretendem investir em fusões e aquisições, e também têm a intenção de firmar parcerias com startups. A propensão em investir nestas medidas também é maior que a média mundial, de 28%. Questionados sobre quais países, excluindo o Brasil, são mais importantes para os negócios, 67% responderam Estados Unidos, 43% China e 26% Argentina. Globalmente, os CEOs estão focando em um mix maior de países, com a intenção de investir também na Alemanha, Reino Unido e Japão.
“Investir em startups é uma realidade hoje e será uma realidade amanhã. A discussão não deve ser se devo investir em startups, mas em quais startups são promissoras e merecem receber investimentos. Em relação às fusões e aquisições, podemos dizer que o momento é oportuno. Os empresários conseguem fazer projeções em relação aos mercados, o que permite uma precificação melhor dos ativos”, avalia Fernando.
Em relação às principais ameaças ao desempenho, o excesso de regulação é o principal desafio para 88% dos executivos brasileiros, seguido do aumento da carga tributária (86%) e a falta de infraestrutura (81%). Outro empecilho é a falta de profissionais com competências-chave, mencionada por 69% dos executivos brasileiros (no mundo, essa é uma preocupação para 77% dos CEOs), a velocidade dos avanços tecnológicos e a entrada de novos concorrentes. Ainda, 58% se preocupam com medidas protecionistas, acreditando que está mais difícil competir em nível global devido a medidas políticas nacionais mais restritivas.
As empresas privadas compoem 57% da amostra da pesquisa, e a maioria tem faturamento entre U$ 1 bilhão e US$ 101 bilhões. A maior parte dos executivos está no cargo há até cinco anos.
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