Busca por beleza e saúde impulsiona setor de estética
Feira Estétika – Exposição Internacional de Beleza projeta movimentação de R$ 100 milhões em negócios
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Victória Navarro
3 de agosto de 2018 - 8h35
O mercado de beleza é um segmento em expansão e tem como uma de suas características a alta pulverização de empresas. Segundo Marco Bede, analista de gestão estratégica do serviço social Sebrae, a influência dos meios de comunicação, o aumento da escolaridade e um crescimento da renda média do brasileiro levaram a sociedade a se preocupar mais com saúde e aparência física. O setor é um grande gerador de emprego e uma oportunidade de atuação para micro e pequenos empreendedores. Nesse contexto, até domingo, 5, acontece a Feira Estétika – Exposição Internacional de Beleza no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo. O evento reúne cerca de 200 expositores, focados em cosméticos, dermocosméticos e equipamentos, que em breve estarão disponíveis para esteticistas, cirurgiões plásticos, dermatologistas, fisioterapeutas e público final.
Realizado pela Fagga GL Events Exhibitions em uma área de três mil metros quadrados, o evento espera receber mais de 28 mil visitantes, número da edição anterior. “Esperamos aproximadamente R$ 100 milhões em negócios realizados dentro da feira, o que significa 10% a mais do que o ano passado”, aponta Keila Kerber, gerente de negócio da Feira Estétika – Exposição Internacional de Beleza. No ano passado, o evento cresceu cerca de 30%, em termos de público e transações, em comparação com 2016. Os investimentos em mídia do evento são direcionados ao digital e parcerias com universidades e instituições de ensino, que lecionam e abordam temas relacionados à estética.
Segundo Atylah Marçal, sócio e fundador da EmagreSee, empresa focada em tratamentos de emagrecimento e estética, as pessoas estão sempre fazendo algum procedimento relacionado a esse setor. “O Brasil é o terceiro país do mundo onde mais se consome produtos de beleza e tratamentos estéticos. É um segmento de extrema importância para a sociedade, já que todo ano traz novidades que colaboram na busca por uma repaginada na aparência”, afirma. Para o profissional, mesmo em tempos de crise, os cuidados com a aparência nunca cessam. O brasileiro remaneja seu orçamento para não abrir mão de produtos de maquiagem, de academia e de tratamentos para gordura localizada, por exemplo.
A EmagreSee surgiu, em 2014, no Mato Grosso do Sul. Há mais de um ano, a empresa uniu-se a holding de franquias Grupo 10X, do empresário Davi Pinto, para expandir sua marca para todo o País. No ano passado, a rede inaugurou mais de 60 unidades, espalhadas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia; e conquistou um faturamento de R$ 12 milhões.
Para Jane Muniz, presidente, sócia e fundadora da rede focada em design de sobrancelhas Spa das Sobrancelhas, o mercado de estética é responsável por cuidar e zelar pela autoestima das pessoas. “A sociedade, por muito tempo, negou a individualidade dos seres. Hoje, contamos com um movimento mais consciente, que busca cada vez mais respeitar as diferenças das pessoas. Nós, como marcas, precisamos fortalecer a sociedade e cuidar para que todos se sintam representados e respeitados em nossa comunicação, em nossas relações e em nossos propósitos”, fala. Segundo Jane, pesquisas e tecnologias também auxiliam no crescimento do mercado de estética.
A rede Spa das Sobrancelhas foi criada em 2007. A empresa está presente em mais de 24 estados brasileiros, realizando cerca de 200 mil atendimentos por mês. A companhia fechou 2017 com um faturamento de mais de R$ 80 milhões, um crescimento de 10% em relação a 2016. “Para 2018, estamos planejando parcerias importantes para o crescimento de nossa empresa, queremos ajudar o mercado de beleza e estética e contribuir mais ativamente na capacitação profissional”, diz Jane.
De acordo com Maria de Fátima Lima Pereira, curadora do 26º Congresso Científico Internacional de Estética, parte da Feira Estétika – Exposição Internacional de Beleza, esse mercado tem dois componentes importantes: um apelo pela busca pela beleza; e pela preservação da saúde e da preservação do envelhecimento. “Esse segmento tem sido, historicamente, importante no Brasil por questões climáticas, que favorecem a exposição do corpo”, afirma Maria. Segundo a profissional, nos últimos 30 anos, o mercado estava muito mais restrito as classes altas, que consumiam produtos e técnicas importadas da Europa, Argentina e Estados Unidos.
Nesse movimento de crescimento do setor, o trabalho de marketing é fundamental. “As redes sociais trouxeram a possibilidade de se comunicar, do consumidor ter lugar de fala e a marca poder conversar com ele diretamente. A comunicação faz com que as empresas deixem de ser frias e criem diálogos e histórias com seus clientes”, explica Jane Muniz, do Spa das Sobrancelhas. A empresa, por exemplo, trabalha sua comunicação com o objetivo de transmitir ao consumidor que, em uma das lojas da marca, ele vai encontrar um serviço de qualidade, relaxamento e confiança. Segundo Jane, 2018 será um ano conturbado para todos os setores da economia. “Acredito que as eleições serão decisivas para os resultados de alguns mercados”.
A tecnologia é uma das grandes aliadas no surgimento de novos produtos e procedimentos. De acordo com Atylah Marçal, da EmagreSee, em todos os anos, o mercado apresenta algo diferente, o que faz com que o segmento de estética esteja sempre em busca de novidades. “Nesse setor, existe um amplo mercado de fornecedores locais e um intercâmbio permanente com os centros tecnológicos mais importantes do mundo”, aponta Maria. Segundo Jane, “se formos acompanhar as tendências mundiais, de alguns eventos e palestras que tenho ido, acredito que a maior inovação está na experiência do consumidor com as marcas”.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos teve faturamento de R$ 47,5 bilhões no País em 2017 – em 2016, foram R$ 44,9 bilhões. O estudo aponta que o déficit da balança comercial do setor aumentou por conta da desvalorização da moeda nacional e da melhora do mercado interno. O setor de estética, apesar de ser relacionado a diversos produtos de beleza, não está incluído nesses valores.
*Crédito da foto no topo: Pixabay/Pexels
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