Coca-Cola e McDonald´s pressionam Fifa
Patrocinadores da entidade exigem mudanças significativas em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol
Patrocinadores da entidade exigem mudanças significativas em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol
Meio & Mensagem
20 de julho de 2015 - 8h00
A Coca-Cola e o McDonald´s, dois importantes patrocinadores da Fifa, cobraram mudanças e reformas na entidade. As duas companhias demonstraram insatisfação com a maneira como a organização está sendo conduzida. O posicionamento das duas empresas aconteceu, na sexta-feira, em função da reunião da Fifa, que acontece nesta segunda-feira 20 e deverá discutir mudanças na entidade e um novo cronograma para a eleição presidencial que escolherá um substituto para Joseph Blatter.
A Fifa vem sendo investigada há anos e, desde maio, importantes executivos estão presos por suposto envolvimento em suborno, fraude, lavagem de dinheiro e estelionato. De acordo com a Reuters, a Coca-Cola pediu a criação de um órgão independente. “Escrevemos para a Fifa e pedimos que eles apoiem uma comissão independente para reformas”, disse um porta-voz da companhia na sexta-feira 17.
Já o McDonald´s recomendou que precisa “haver mudanças significativas para restaurar a confiança e a credibilidade tanto com os torcedores quanto com os patrocinadores”, ressaltando que os controles internos da entidade e sua cultura para seguir as regras “são inconsistentes com as expectativas que o McDonald’s tem em relação a seus parceiros de negócio no mundo”
São as primeiras manifestações diretas das duas empresas à entidade desde o ganho de visibilidade dos casos de corrupção, em maio, com a prisão dos dirigentes. Na ocasião, Coca-Cola, McDonald´s e outros patrocinadores se posicionaram, porém, de forma protocolar. O McDonald´s demonstrou “extrema” preocupação com o tema e disse que acompanhava as acusações contra a entidade. A Coca Cola também manifestou preocupação sobre as alegações. “Nosso desejo é que as questões relativas à corrupção sejam abordadas com seriedade”
Já a fabricante de roupas e acessórios esportivos Adidas reforçou seu compromisso de apoiar o futebol e defender um posicionamento exigente. “Buscamos altos padrões em termos de ética e esperamos o mesmo de nossos parceiros” A Adidas também disse que incentiva a estabelecer padrões consistentes com transparência em tudo que faz. A cervejaria belgo-brasileira Ab Inbev, que patrocina a Fifa por meio da marca Budweiser, afirmou que esperava altos padrões éticos e de transparência de seus parceiros.
A VISA, de forma mais contundente, disse que poderia reavaliar o contrato com a Fifa. "Nosso patrocínio sempre se concentrou no apoio às equipes, permitindo uma grande experiência aos fãs e inspirando comunidades para que se unam e celebrem o espírito de competição e realização pessoal. É importante que a Fifa faça mudanças agora para que o foco continue sobre isso. Se a Fifa deixar de fazer as mudanças, teremos que informar que vamos reavaliar o patrocínio".
Órgão regulador americano investiga a Nike
A Justiça Americana, anunciou, na sexta-feira 17, que abriu uma investigação contra a Nike por suspeita de suborno em um contrato assinado com a CBF, em 1996. O processo será conduzido pela Securities and Exchange Comission, órgão regulador do mercado de capitais americano. O inquérito vai avaliar o contrato assinado entre a Nike e a CBF, no valor de R$ 160 milhões referentes ao contrato de patrocínio nos uniformes da Seleção Brasileira.
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