Gestão de crise protege a Itambé
Desde que uma criança morreu, em Cuiabá, após ter consumido achocolatado envenenado da marca, empresa mostrou agilidade em sua comunicação e recebeu apoio de consumidores
Desde que uma criança morreu, em Cuiabá, após ter consumido achocolatado envenenado da marca, empresa mostrou agilidade em sua comunicação e recebeu apoio de consumidores
Luiz Gustavo Pacete
5 de setembro de 2016 - 10h00
De origem mineira e com mais de 66 anos de mercado, a Itambé pertence a um grupo de marcas que desperta o sentimento de pertencimento de muitos consumidores. O nível de engajamento, neste momento, foi fundamental para que a empresa superasse uma crise que se estendia desde a semana passada.
Na sexta-feira, 26, a Vigilância Sanitária do Mato Grosso notificou a empresa após um garoto de dois anos ter morrido ao consumir o achocolatado Itambezinho. Naquele instante, não só a marca Itambé, mas o setor de achocolatados, como um todo, entrou em alerta em função dos boatos que se espalharam pelas redes sociais.
No mesmo dia, a empresa emitiu um comunicado em seus canais informando a notificação e ressaltando que estava em contato com as autoridades sanitárias e regionais. Na última quinta-feira, 1º, a polícia de Cuiabá identificou pesticida no produto e afirmou que o caso se tratava de um crime e não de contaminação. No mesmo dia, a empresa emitiu um novo comunicado esclarecendo o caso: “a Itambé reforça que desde o dia 25/05, data de fabricação do lote em questão, já foram comercializadas mais de 5 milhões de unidades e não foram registradas reclamações de nenhuma natureza”.
O efeito de um post na imagem da Heinz
E, por fim, na sexta-feira, 2, Alexandre Almeida, presidente da Itambé, em um vídeo publicado nas redes sociais, se solidarizou com a família do garoto e ressaltou que “histórias fantasiosas foram uma profunda falta de respeito com a família e com a Itambé. ” O executivo agradeceu aos consumidores e colaboradores da empresa por terem superado a situação. Desde que o caso veio ao público diversos comentários de apoios foram emitidos parabenizando a marca pela transparência e pela rapidez com que reagiu ao fato.
Caso semelhante, porém, com um desfecho completamente diferente ocorreu em 2013 com a marca de suco de soja Ades depois que o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou que a embalagem do suco de maçã Ades, consumido por uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, continha soda cáustica. Na época, o caso rendeu um impacto negativo para a marca.
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