Ivete Sangalo: “Tudo é pautado na minha filosofia de vida”
Prestes a lançar um camarote no Carnaval da Bahia, cantora comenta o que a inspira a criar novos negócios
Ivete Sangalo: “Tudo é pautado na minha filosofia de vida”
BuscarIvete Sangalo: “Tudo é pautado na minha filosofia de vida”
BuscarPrestes a lançar um camarote no Carnaval da Bahia, cantora comenta o que a inspira a criar novos negócios
Thaís Monteiro
18 de dezembro de 2019 - 6h00
Um evento que deve mobilizar um investimento de R$ 7 milhões e gerar dois mil empregos por dia, o Carnaval de 2020 da IESSI Music Entertainment, empresa que gerencia a carreira de Ivete Sangalo, da qual ela é sócia junto com Cynthia Sangalo (irmã) e Fábio Almeida, promete novidades. Pela primeira vez, a cantora terá um camarote em um hotel com 80 quartos.
Denominado Camarote da Veveta, o Hotel Monte Pascoal está no circuito Barra-Ondina e funcionará entre sexta-feira, 21 de fevereiro, e terça-feira, 24, para o público não só de Ivete, mas também de outros artistas que integram a programação de shows nos blocos que passarem pelo local. De acordo com Fábio Almeida, empresário da cantora, o camarote foi criado pensando em ser um ponto de intersecção e união das marcas com Ivete, uma forma de fortalecer parcerias já existentes e formar novos laços. As marcas podem comprar áreas e quartos exclusivos para realizar ativações.
Atualmente, a IESSI Music Entertainment já está em negociação com algumas marcas e tem parceiros confirmados. A empresa dá prioridade a marcas que já trabalharam com Ivete em algum projeto — como Vivo, Kolleston, Piracanjuba e Grendha –, mas afirma que está aberta para negociações com empresas menores, que não conseguem fazer campanhas com a cantora, mas faz sentido ter eles no camarote. Não há agências mediando as conversas.Dentre outras novidades, em 2020 a empresa realiza o CarnaVillage, uma agenda de micaretas em várias cidades do País. A marca Village já existia como um bloco de carnaval fora de época, como no Fortal, festa que acontece em julho em Fortaleza, e no Carnatal, no Rio Grande do Norte.
O Carnaval é o evento de maior expressão dentro do calendário de shows, apresentações e demais empreendimentos de Ivete. “Ele tem uma concentração e fluxo financeiro grande pela quantidade de dias. Temos uma arrecadação e investimento de bolso que é de extremo peso. Existe uma atratividade grande das marcas. Grandes marcas reforçam a parceria conosco e outras têm a oportunidade de fazer seu primeiro contato com Ivete, por meio de cotas. Dali saem outros acordos”, explica Fábio Almeida.
Entre outros aspectos, o evento também configura como uma forma de a cantora contribuir com a economia local da Bahia, seu estado natal. Almeida diz que levar investimento para a região, incrementar o turismo e gerar renda para a Bahia é uma das missões de Ivete como empreendedora. “Se nós começamos essa leva, outros artistas e marcas podem nos seguir”, considera.Ao Meio & Mensagem, Ivete compartilhou como escolhe seus projetos e no que gosta de empreender:
Como você se interessou pelo mundo dos negócios e decidiu abrir sua própria empresa?
Na verdade, a minha relação com meu trabalho empresarial vai se fortalecendo a cada dia, conforme o meu interesse e a minha percepção daquilo que me cabe e daquilo que eu fico sempre experimentando: pensar a respeito de coisas que jamais imaginei, trabalhar empresarialmente, com possibilidades e, acima de tudo, com a compreensão daquilo que me cabe como artista. Dentro do mundo empresarial, o que eu absorvi de experiência é que o mais importante é você trabalhar com aquilo que domina, de onde você pode extrair o seu melhor e oferecer o seu melhor.
Quais são os desafios e suas estratégias para manter sua marca por tantos anos de carreira?
Os desafios de uma carreira é se reinventar a todo instante, que é um desafio da vida da gente. Acho que a vida da gente é o exemplo mais próximo da condição de uma vida profissional. Esse é o grande desafio: se reinventar de uma forma coerente sem ferir os seus princípios, sua personalidade e sem ferir as coisas que você acredita. Você deve ser sua própria referência, se atualizar e se reinventar sem necessariamente absorver exclusivamente o que está em voga naquele momento. É preciso ter uma intersecção entre o que está em voga e o que você acredita. Se há uma coerência intensa, será um grande êxito. Se não, temos que buscar um caminho que não seja danoso, e sim proveitoso dentro desse raciocínio. Para manter minha marca, é esse o ponto crucial: é a não-subversão daquilo que você acredita com coerência, administrando a atualização das coisas que você faz e não se rendendo a um modismo ou referências da época.
**Crédito da imagem no topo: Rafa Mattei/IESSI Music Entertainment
Compartilhe
Veja também
Os desafios das marcas da Zamp em 2025
Vice-presidente de marketing, Igor Puga analisa os principais pontos que a empresa trabalhará para Burger King, Popeyes, Starbucks e Subway no próximo ano
Edu Lyra: “Nossa luta é para que as empresas enxerguem as favelas com toda a sua potência”
Fundador da Gerando Falcões comenta o lançamento do livro “De Marte à Favela”, com Aline Midlej, e discorre sobre atual olhar das empresas sobre as favelas e as articulações junto ao terceiro setor