JBS recoloca Vigor na bolsa
Objetivo é fortalecer a percepção da Vigor como uma empresa independente e não apenas como uma subsidiária da JBS
Objetivo é fortalecer a percepção da Vigor como uma empresa independente e não apenas como uma subsidiária da JBS
Janaina Langsdorff
10 de fevereiro de 2012 - 10h00
O grupo JBS, a maior empresa de proteína animal do mundo, acaba de recolocar a marca Vigor no mercado de capitais. A quarta colocada no setor de lácteos do Brasil deixou a Bolsa de Valores em 2009, quando foi adquirida pelo clã dos Batista, fundadores da JBS. Criada em 1921, a Vigor estava antes sob o domínio da paulista Bertin, que substituiu o empresário Carlos Alberto Mansur, controlador da marca até 2007.
Listada no Novo Mercado, a Vigor pretende fazer uma oferta pública voluntária para os seus atuais acionistas, propondo uma troca proporcional de ações ordinárias da JBS por papéis da subsidiária Vigor, que terá capital aberto. O pedido já foi registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas o preço das ações ainda não foi definido. O objetivo é fortalecer a percepção da Vigor como uma empresa própria e independente e não apenas como uma subsidiária da JBS. A intenção é valorizar ainda a atuação do conglomerado de Goiás no segmento lácteo, rondado atualmente por supostas operações de fusão. O anúncio do retorno da Vigor à Bolsa de Valores foi confirmado por meio de um comunicado enviado pela JBS na quinta-feira, 9.
De acordo com informações publicadas na edição de sexta-feira, 10, pelo jornal Valor Econômico, estima-se que o valor de mercado da Vigor tenha passado de R$ 970 milhões em 2009 para R$ 21,75 bilhões atualmente, considerando as cotações de quarta-feira, 8. Já nos estudos preliminares realizados pela JBS, o valor patrimonial das ações da fábrica da Vigor gira em torno de R$ 1,191 bilhão.
Planos
A paulistana Vigor divulgou recentemente o seu plano de investir R$ 33 milhões em 2012 para construir uma nova sede, no Belenzinho, zona leste de São Paulo, ampliar a sua planta industrial, inovar produtos e voltar a divulgar a marca depois de quase três anos longe da mídia. A primeira campanha, criada pela Fischer & Friends, deve ir ao ar ainda neste semestre.
Sob a liderança de Gilberto Xandó, que trabalhou durante 20 anos na Sadia, a perspectiva é expandir a atuação da marca para todo o País, já que hoje a sua presença está concentrada em São Paulo, que responde por 60% das vendas. Com essa expansão, a Vigor espera aumentar o seu faturamento dos atuais R$ 1,5 bilhão – o que representa apenas 3% da receita total do grupo JBS – para R$ 5 bilhões até 2016.
Estima-se que a Vigor tenha atualmente 6,9% de participação de mercado. Com mais de três mil funcionários distribuídos em sete unidades, a companhia capta mais de 21 milhões de litros de leite, divididos entre as marcas Leco, Danúbio, Faixa Azul, Serra Bela, Mesa, Amélia e Carmelita, além da própria Vigor. A nova arquitetura de marcas da empresa prevê a exclusão do macarrão e massas frescas, enquanto produtos como cappeletti e massa para pizza devem ser encampados pela linha Amélia, dentro da área de food servisse.
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