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Marketplaces e social commerce dão visibilidade a PMEs

Digitalização acelerada pela pandemia alavanca projetos de assistência a pequenos negócios, que investem em grupos de bairro e ferramentas em redes sociais


29 de abril de 2020 - 14h27

Orçamento é principal obstáculo para digitalização de PMEs, indica Capterra, braço do Instituto Gartner (Crédito: Pexels)

O isolamento social impactou os processos, canais de venda e ações de comunicação de todas as empresas. Os desafios são ainda mais evidentes para pequenas e médias empresas. Nas últimas semanas, varejistas, plataformas digitais e agências têm oferecido serviços gratuitos ou com custo reduzido para ajudar PMEs. Afinal, o trabalho com canais digitais ainda é um problema para muitos pequenos negócios. Um estudo de 2019 realizado pelo Capterra, braço do Instituto Gartner, analisou o estágio de transformação digital em pequenas e médias empresas brasileiras e descobriu que o orçamento é o principal obstáculo para digitalizar processos. Ainda, metade das PMEs têm pouco conhecimento sobre tecnologias emergentes.

Outro estudo mais recente com 400 gestores de PMEs,  do mesmo instituto, mostra que 43% passaram a operar novos softwares por conta da pandemia, e 25% esperam comprar novas ferramentas. Nesse contexto, algumas ações de apoio e estratégias básicas de marketing digital podem ajudar PMEs durante o período de reclusão e crise.

Marketplaces
Ingressar em marketplaces pode ser um primeiro passo para empresas que ainda não têm um ambiente de vendas digital. “Montar um site de e-commerce é como abrir  um outro negócio do zero, porque exige um plano de negócios diferente e demora algum tempo para que se comece a ter faturamento considerável. Os marketplaces possibilitam experimentar e já oferecem ferramentas próprias para promoção de produtos”, analisa Fernanda Nascimento, sócia da consultoria de marketing digital Stratlab e consultora da Rede Mulher Empreendedora. O Magazine Luiza, por exemplo, anunciou uma parceria com o Sebrae para permitir que pequenos lojistas possam vender na plataforma.

“Também é o momento para criar um catálogo virtual no Wix, Loja Integrada ou Mercado Livre”, acrescenta Lucas Felipe, sócio da agência Édigital, que presta serviço para empreendedores periféricos, e também diretor de marketing da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos. No Mercado Livre, estima-se que 54% dos vendedores sejam PMEs, segundo a Nielsen. Já o Loja Integrada oferece integração gratuita no e-commerce para quem vende até 50 produtos.

Redes de apoio locais
Plataformas digitais também estão se mobilizando para dar visibilidade a pequenos negócios. O Facebook apoia a criação da página “Pertinho de Casa”, iniciativa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) para conectar usuários que querem vender ou comprar de pequenos vendedores a partir de sua localização — um projeto que também conta com parcerias com Sebrae, Accenture, Vtex e PagSeguro. Já a startup brasileira QuintoAndar acaba de lançar o site “Classificados da Vizinhança”, que funciona como uma vitrine para pequenos negócios de bairro. De forma independente, pequenos empreendedores também fortalecem grupos de networking e até trocam produtos nas redes sociais. “Muitos estão trocando produtos e serviços entre si, no famoso modelo de permuta”, exemplifica Lucas.

Social Commerce
A venda induzida pelas redes sociais pode ganhar ainda mais espaço com novos recursos das plataformas. O Facebook passou a disponibilizar um botão de “pedir refeição” para Stories e Instagram de negócios de alimentação, de foma a facilitar o direcionamento a aplicativos de delivery. Na página de impulsionamento do Facebook, a empresa também disponibiliza um recurso de divulgação de cupons para pequenas empresas. As notificações sobre descontos então aparecem para usuários em um raio de até 15 quilômetros do estabelecimento. 

Até o WhatsApp pode servir como uma boa ferramenta de contato e vendas. “Organicamente, trabalhar o WhatsApp super funciona se você tiver uma lista de distribuição consistente e adotar boas práticas de frequência, para não perder o consumidor”, afirma Lucas. Segundo os consultores, PMEs também devem se apropriar de ferramentas de criação nativas e gratuitas das redes sociais — como Stories e Lives. “É importante se mostrar responsivo nesse momento”, analisa o sócio da Édigital.  

Campanhas digitais
Se a verba para investir em campanhas digitais for baixa, vale focar em apenas um ambiente, na avaliação de Fernanda. “Se você tem R$ 500 para investir em campanhas, não adianta investir R$ 100 em cada rede social. Vale a pena apostar em uma só rede e analisar todas as variáveis para fazer um investimento de menor risco”, pondera. Ela também aconselha o uso de ferramentas gratuitas para otimizar a produção de conteúdo e campanhas, como o Google Trends e Keyword Planner, além de versões testes de ferramentas de social listening, como a Scup.

Iniciativas Emergenciais
PMEs também podem recorrer a fundos emergenciais criados por empresas. A Casas Bahia, da Via Varejo, criou o Fundo Emergencial Mulher Empreendedora para apoiar microempreendedoras durante o período de crise. Serão selecionadas duas mil mulheres para receber apoio para seus negócios. Já Visa e Rede Mulher Empreendedora se uniram no programa “Elas prosperam”, que oferecerá capacitação em empreendedorismo e finanças a mulheres de todo o Brasil.

Para Lucas, iniciativas de auxílio financeiro e capacitação são especialmente importantes para empreendedores periféricos. “Pequenos negócios fazem a economia do País girar, e nas periferias já temos depoimentos de pessoas que estão quebrando porque os empréstimos e auxílios às vezes não chegam a quem realmente precisa”, afirma. Na frente de capacitação, a Édigital lançou a campanha de crowdfunding “Abrace o Pequeno”, que levanta recursos por meio da plataforma Benfeitoria, com o objetivo de capacitar mais de cem empreendedores periféricos em marketing digital.

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