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Marketing

O apetite da China por marcas americanas

Investidores chineses querem comprar expertise operacional e de marketing - você pode ser o próximo?


23 de julho de 2013 - 5h43

(*) Por Anita Chang Beattie, do Advertising Age

Volvo, ThinkPad, AMC Theaters e, em breve provavelmente, Smithfield Foods. Todos nomes conhecidos nos Estados Unidos, todas empresas com proprietários chineses. E se as duas maiores economias do mundo podem atingir acordos de investimento – como tem sido discutido – muitas outras poderiam se juntar a elas.

Durante anos, investidores corporativos chineses procurando oportunidades fora doseu país paravam em campos de petróleo e minas de cobre. Mas agora eles estão se aprofundando em áreas como entretenimento, luxo e viagens, e enviando uma nova mensagem: as companhias chinesas têm muito dinheiro e elas querem suas marcas.

“Estamos vendo um amadurecimento dos chineses rumo a investimentos externos. Eles ainda se preocupam com recursos, mas têm adicionado outros tipos de compras nessas aquisições”, afirmou Derek Scissors, pesquisador sênior da Heritage Foundation, sediada em Washington. “Eles estão interessados em setores nos quais as marcas importam”.

Os maiores investimentos estrangeiros feitos por companhias chinesas privadas subiram para US$ 9, 44 bilhões em 2012, em relação a US$ 790 milhões, em 2007, de acordo com dados compilados por Scissors. Os US$ 4,7 bilhões da Shuanghui International Holdings na proposta para aquisição da produtora de carne suína Smithfield se aprovados representarão a maior quisição  de uma empresa americana já feita por uma companhia daquele país.

No início deste mês, oficiais norte-americanos e chineses concordaram em reiniciar as negociações sobre um acordo que ajudaria as empresas a fazerem investimentos maiores entre os dois países. Mas as conversas já foram paralisadas antes, e ambos os lados são relutantes em estender totalmente o tapete de boas-vindas. O anúncio sobre as negociações veio dias após o Comitê do Senado para Agricultura ter levantado bandeiras vermelhas em relação à transação da Smithfield.

Não está claro quão bem-sucedidos esses pretendentes chineses endinheirados são como gestores de marcas. A popularidade do ThinkPad tem declinado desde que a Lenovo o comprou da IBM, em 2005, mas o mesmo ocorreu com toda a categoria de PCs. A Volvo, propriedade do Zhejiang Geely Holding Group desde 2010, está no meio de uma crise de identidade. As companhias chinesas em geral são construtoras de marca inexperientes; até recentemente, o crescimento doméstico do país era tão grande que o marketing não era uma grande prioridade.

(*) Tradução Roseani Rocha

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