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O mágico e o marketing

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Marketing

O mágico e o marketing

David Copperfield mostra o que há de comum entre a sua prática e a dos profissionais do mercado de comunicação


18 de junho de 2016 - 17h36

DCOPE

Ao longo de sua apresentação, Copperfield apresentou três números ao público (crédito: Eduardo Lopes)

Num sábado em que o Festival de Criatividade de Cannes 2016 mal estava começando, o ilusionista David Copperfield atraiu centenas de pessoas, que lotaram o auditório Debussy, no Palais des Festivals.
Copperfield é uma representação clara do que é o tal “encantar o cliente”, tecla na qual os manuais de marketing batem e rebatem. Segundo ele, o ilusionismo não se trata de enganar as pessoas, mas estabelecer com elas uma relação, oferecer algo que o público espera.

Atuando “in loco” com uma voluntária no Palais, no primeiro de três números, ele fez uma bolinha de papel flutuar, fez malabarismos e, no final, transformou a folha de papel numa rosa. Mas o importante, ressaltou, não é a rosa que flutua e como isso foi feito, mas a relação de encantamento estabelecida com quem está envolvido no show.

Para entrar no mundo do ilusionismo, Copperfield começou nas bibliotecas, consultando métodos sobre o assunto, mas não foi muito adiante, preferiu criar seu próprio jeito de fazer mágica. E o cinema teve uma grande influência sobre ele, que citou pessoas como o inglês Frank Harper e o norte-americano Orson Welles.

Para os profissionais de marketing, mandou alguns recados ao longo de sua apresentação. “O poder de uma grande ideia é o que realmente entra na mente das pessoas”, afirmou, ressaltando, na sequência, que muitas das grandes ideias passam pela simplicidade, mas esta é difícil de atingir. E sobre o mundo dominado pela tecnologia, Copperfield faz uma ressalva: às vezes se tem uma tecnologia e se constrói algo sobre isso, mas às vezes valem mais “histórias” para as quais se criam tecnologias. “É preciso pensar no que tirar de interessante da tecnologia”, lembrou.

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Ilusionista continua atraindo multidões. (crédito: Eduardo Lopes)

Ele próprio há anos tem sido bem sucedido em aplicar esse pensamento: continua sendo o maior ilusionista vivo, o que é comprovado por uma movimentação de US$ 4 bilhões em bilheteria e realização, ainda hoje, de 600 shows por ano.

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