O monge e a (des)conexão
Vivo lança app de meditação com o monge Satyanatha para avançar com o conceito “viva menos do mesmo”
Vivo lança app de meditação com o monge Satyanatha para avançar com o conceito “viva menos do mesmo”
Sergio Damasceno Silva
22 de junho de 2017 - 19h05
O conceito mindfulness (esvaziar a mente) está em voga há algum tempo e consiste, basicamente, em se desconectar. Da vida real e, principalmente, da digital. E tem muito a ver com outro conceito, o quiet bliss, que é a contemplação, o desligamento do digital e a ligação ou reconexão consigo mesmo e com o mundo (real) ao redor. Parece até contraditório, portanto, que uma operadora lance um app de meditação. Mas é o que a Vivo acaba de fazer: a operadora anuncia nesta quinta-feira, 22, o Vivo Meditação, guiado por Satyanatha, que vem a ser o monge brasileiro Davi Murbach, que viveu sete anos como monge em Kauai Aadheenam, um dos mais ortodoxos monastérios indianos, com sedes no Ceilão, na Índia e no Havaí. O app da Vivo tem mais de mil meditações e aulas exclusivas, criadas e gravadas por Satyanatha especialmente para o serviço, em parceria com a Movile.
“Achamos que precisávamos evoluir o Viva Tudo – Viva Menos do Mesmo – e trazer um pouco mais de opinião sobre o que queremos para as pessoas e no que a marca acredita. Viver outras experiências, sair do racional e viver de maneira diferente, ser uma marca mais aberta, inclusiva e democrática”, diz o COO da Vivo, Christian Gebara. “Queremos ter uma posição sem julgar o que é certo ou o que é errado, o pensamento da nova geração, com mais igualdade e liberdade e menos preconceito”, completa. Foi com base nesse conceito de evolução da comunicação da marca que a operadora resolveu evoluir para o app Vivo Meditação. Baseado no app popular Headspace, criado pelo monge budista Andy, o app da Vivo tem funções semelhantes: o uso de técnicas de meditação para treinar a mente para uma vida mais saudável e feliz com o objetivo de diminuir o stress, melhorar a qualidade do sono, melhorar o foco e criatividade. Ou seja, a aplicação prática dos conceitos de mindifulness e de quiet bliss.
Gebara ressalta que esse movimento da marca começou há dois anos como forma de entender o impacto da tecnologia na vida das pessoas. Em 2015, a reflexão sobre o uso do celular foi baseada na campanha digital ‘Usar Bem Pega Bem’. Essa campanha levava os clientes a refletir se estavam usando o celular do jeito certo e também abria a discussão sobre o mundo digital. Mais recentemente, essa orientação teve continuidade com o primeiro filme da série ‘Viva menos do mesmo’ – que retratava com muita sensibilidade uma menina que não queria se limitar ao estereótipo do balé e decide aprender a arte marcial do kung fu a partir dos conteúdos encontrados na internet e, no Dia dos Namorados, foi lançado o #Renamore, que incentivava a “Viver mais o amor e menos todo o resto”.
“Entrando nesse mundo de ser mais aberto e inclusivo, temos uma campanha interna – Vem de Você – para que as pessoas se vistam (e trabalhem) do jeito que são. Não temos padrão. Se você gosta de camiseta, vem assim. Se gosta de terno e gravata, vem assim. Estamos movendo internamente essa transformação porque o que eu falo para fora, tenho que falar para dentro. Se você gosta de tatuagem, Ok. Se gosta de piercing, Ok. Somos super jovens. Precisamos ser uma empresa que o público interno tenha essa alegria e seja atrativa para essas pessoas. São mais de 30 mil funcionários diretos e mais de 100 mil indiretos”, detalha Gebara.
O app está disponível para os assinantes da Vivo com assinaturas de R$ 24,99/mês e R$ 5,99/semana. O monge Satyanatha, nascido no interior de São Paulo, fez engenharia da computação na Unicamp e, aos 24 anos, deixou uma carreira promissora em consultorias, sua vida pessoal e todos os seus bens para ingressar em Kauai Aadheenam. Passou mais um ano em treinamento e tornou-se monge aos 26 anos, após uma cerimônia na qual ficou 33 dias sentado de frente para um muro, o Muro da Chuva, meditando se aquela era a escolha que desejava para sua vida. No monastério, formou-se em teologia comparada e desempenhou diferentes funções, tornando-se, inclusive, editor da revista Hinduism Today, a maior do mundo sobre o tema.
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