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Após Cannes Lions, D&AD também retira prêmios da DM9

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Cannes Lions

16 a 20 de junho de 2025 | Cannes França
Cannes

Após Cannes Lions, D&AD também retira prêmios da DM9

Agência havia conquistado 2 Wood Pencil com o case “Plastic Blood”, que foi retirado da lista de premiados; demais prêmios conquistados pela agência no festival foram mantidos


1 de julho de 2025 - 17h26

DM9 Cannes

(Crédito: Reprodução)

A crise enfrentada pela DM9 no Cannes Lions deste ano, que fez com que a agência perdesse 2 troféus e devolvesse outros 10 prêmios por conta de inconsistências nos cases de publicidade, não ficou restrita ao festival da Riviera Francesa.]

Nessa terça-feira, 1º, a publicação britânica Campaign informou que o D&AD, festival de criatividade realizado anualmente, também retirou os prêmios concedido ao case “Plastic Blood”, com o qual a DM9 havia conquistado 2 troféus.

O trabalho, criado para a Oka Biotecnologia, procurava alertar para a quantidade de microplásticos ingerida pelas pessoas. Para isso, a empresa e a marca teriam extraído, por um processo de diálise, microplásticos coletados de bolsas de sangue, e transformado o material em peças de exposição. Veja abaixo:

Na edição deste ano do D&AD, realizado em maio, a DM9 conquistou 2 Wood Pencils. A peça havia sido premiada nas categorias Art Direction e Press&Outdoor. Além de Wood Pencil, o D&AD Awards concede Graphite, Yellow, White e Black Pencils, sendo este, o principal.

Na lista oficial das premiações brasileiras deste ano, no entanto, já não constam mais os troféus entregues ao case. A DM9 conquistou, ainda, outros 4 troféus no D&AD, para marcas como KFC e Consul. Esses prêmios foram mantidos e seguem no site oficial da premiação.

O problema de Plastic Blood

Na edição deste ano do Cannes Lions, a campanha “Plastic Blood” havia sido o trabalho brasileiro mais premiado. A peça havia conquistado 3 Ouros (Brand Experience & Activation, Design e Print & Publishing), 3 Pratas (Brand Experience & Activation, Design e Industry Craft) e 2 Bronzes (Direct e Outdoor).

Porém, a própria DM9 comunicou, na última sexta-feira, 27, que realizou uma investigação interna e constatou inconsistência no trabalho. Por isso, a agência retirou a inscrição da peça, devolvendo todos os prêmios conquistados.

A DM9 fez o mesmo com o case “Gold = Death”, que havia sido criado para denunciar o garimpo ilegal em terras Yanomani.

Além disso, a organização do Cannes Lions cassou o Grand Prix e o Leão de Bronze entregues ao trabalho “Economia Eficiente de Energia”, da Consul, após ter detectado manipulações no videocase.

A DM9 não detalhou as inconsistências que fizeram com que o trabalho fosse retirado do Cannes Lions.

Na semana passada, a reportagem de Meio & Mensagem procurou a Oka Biotecnologia para pedir detalhes sobre o trabalho de publicidade – que, até então, era o mais premiado do Brasil em Cannes.

A diretora da Oka Biotecnologia, Érika Cezarini, disse que foi a DM9 que procurou a Oka e convidou a empresa para participar do projeto. A diretora também disse que o porta-voz que aparece no videocase, Felipe Rocha, não faz parte da Oka de maneira formal e contou que a empresa não teve participação no conceito, criação e nem teve acesso à versão final do trabalho.

“A Oka participou da campanha por alinhamento com sua missão ambiental. Felipe Rocha atuou como representante da Oka e concedeu a entrevista para a produção, sem participação no conceito, criação ou edição. Ele não faz parte formal da empresa e não tivemos acesso à versão final do filme para aprovação”, declarou a diretora.

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