O que pensa o novo chefão da F1
Chase Carey, nomeado chairman do torneio após a compra de 18,7% das açoes pela Liberty Media, falou sobre os planos para a marca e os rumos da empresa
Chase Carey, nomeado chairman do torneio após a compra de 18,7% das açoes pela Liberty Media, falou sobre os planos para a marca e os rumos da empresa
Luiz Gustavo Pacete
21 de setembro de 2016 - 8h23
Na semana passada, o grupo americano Liberty Media confirmou a compra da Fórmula 1 por US$ 8 bilhões. O torneio era controlado há trinta anos por Bernie Ecclestone que permanece como CEO, mas que vai dirigir o torneio juntamente com Chase Carey, ex- vice-presidente executivo da 21st Century Fox. Chase assumiu o cargo de chairman e é o responsável por conduzir a Fórmula 1 a um novo momento. Ele esteve no último final de semana no circuito de Marina Bay, em Cingapura, em sua primeira participação como executivo do evento. Em entrevista publicada no site oficial da Fórmula 1, falou sobre os rumos que pretende dar à categoria.
Ao Meio & Mensagem, Luiz Sabatino, diretor de Marketing da Petronas para Américas, patrocinadora da equipe Mercedes AMG Petronas e um dos maiores parceiros da Fórmula 1, informa que, independentemente dos rumos da empresa, o investimento no esporte como plataforma de patrocínio continuará sendo essencial. “A nossa parceria tecnológica com a Mercedes-Benz nos permitiu a conquista do Mundial dos Construtores duas vezes consecutivas. Concentramos esforços no incentivo ao crescimento sustentável desta equipe”, diz Sabatino.
Alto Nível
Podemos fazer a diferença em um negócio onde há reais oportunidades. Há a possibilidade de fazer algo realmente especial. Temos que dar todo crédito a Bernie (Ecclestone, presidente e CEO da Formula 1), ele teve enorme sucesso. O mundo o admira pelo negócio que construiu, mas penso que podemos levar a Fórmula 1 a outro nível. Aqui está a oportunidade que me deixou empolgado.
Investimentos
Lucro é importante, mas o objetivo inicial do negócio sempre foi criar um valor de longo prazo. Portanto, o objetivo não é como ganhar dinheiro nos próximos 12 meses, mas onde estaremos em três ou cinco anos. O foco é investir e construir ao longo do tempo. Em seguida vem a fase com um grau de visões que segue sendo moldado. Nada vem escrito nas pedras. Bernie é o CEO, ele vai conduzir isso e eu trabalharei com ele para estabelecer um plano estratégico para onde queremos chegar.
Foco
Precisamos criar uma visão para atingir os objetivos certos no futuro. Negócios de sucesso foram construídos em cima de lideranças que entendem o que todas as partes querem. E há muitas partes envolvidas na F1. Não dá para fazer todo mundo feliz o tempo todo, mas precisamos entender o que todos querem e depois encontrar um caminho. Claro que isso não é trabalho para um comitê, já que comitês costumam ser burocráticos, mas também não pode ser uma ditadura, mesmo que eles provavelmente estejam acostumados.
O futuro da Fórmula 1 no Brasil e no mundo
Desafio
Realisticamente, neste primeiro momento, os chamados “100 dias”, é mais ouvir, conhecer, digerir o que as pessoas têm a dizer. É um esporte com uma ampla gama de componentes, por isso é importante entender qual é o objetivo de cada um desses componentes, quais são seus problemas.
Estados Unidos
Ainda é cedo para ter um plano claro, mas evidentemente temos um plano para se desenvolver na América, estar no mercado certo. Há uma grande audiência inexplorada nos EUA. Não quero criticar os esforços do passado. A F1 é uma marca premium e isso significa que é preciso estar em locais como Los Angeles, Nova York, Miami, grandes cidades do mundo!
Compartilhe
Veja também
Copa do Mundo: Fifa anuncia os países-sede das edições de 2030 e 2034
Competição será dividida entre Espanha, Portugal e Marrocos, com jogos também na Argentina, Uruguai e Paraguai em 2030 e Arábia Saudita será a sede em 2034
Granado compra a marca Care Natural Beauty
Compra da marca de cosméticos sustentáveis simboliza mais um passo na ampliação da atuação da Granado no segmento