Panasonic apresenta sua cidade inteligente
Com custo de US$ 1,3 bilhão, Fujisawa, no Japão, inclui eficiência energética em todas as esferas possíveis
Com custo de US$ 1,3 bilhão, Fujisawa, no Japão, inclui eficiência energética em todas as esferas possíveis
Meio & Mensagem
1 de dezembro de 2014 - 3h56
O sonho de qualquer pessoa que se preocupe com questões como eficiência energética e sustentabilidade ambiental está sendo concretizado pela Panasonic no Japão. A cidade de Fujisawa foi criada em um terreno de 180 mil metros quadrados, no qual já funcionou uma fábrica de televisores, ventiladores e geladeiras da marca, e fica a 50 km de Tóquio.
A previsão é de que até 2018 três mil pessoas habitem a nova cidade inteligente, inaugurada esta semana. Ela terá veículos elétricos e todas as casas funcionam com energia solar. O incentivo a uma postura ambientalmente saudável está até em medidas como o fato de que os moradores que cumprirem metas de redução de gases poluentes podem amortizar essa economia de seus financiamentos imobiliários. As tecnologias e arquitetura empregadas na cidade preveem redução de 70% na emissão de dióxido de carbono, um dos responsáveis pelo aquecimento global, 30% na economia de água e que 30% de seu abastecimento venha de fontes renováveis.
Além da Panasonic, que liderou o projeto cedendo o terreno e assumindo 50% dos investimentos para a construção de Fujisawa, outras sete empresas japonesas e uma norte-americana participaram da iniciativa. O custo total da cidade foi de US$ 1,3 bilhão e todo o seu planejamento foi baseado no estímulo a um estilo de vida sem desperdícios.
Outro detalhe da cidade é que além da arquitetura de residências e prédios comerciais que favorecem o uso otimizado da iluminação e ventilação naturais (o próprio design da cidade privilegia a melhor circulação do vento e o recebimento de luz natural), a iluminação das ruas é feita com lâmpadas de baixo consumo e que têm detector de presença. Logo, estarão mais ativas nas áreas por onde circulam mais pessoas.
Finalmente, a mobilidade urbana é outro fator contemplado pela Panasonic no projeto. Haverá ruas exclusivas para carros e bicicletas e outras cujo acesso será permitido apenas a pedestres. Além de uma praça, com serviços interativos aos moradores, que funcionará como coração de Fujisawa a cidade também tem centros médicos para idosos, espaços para recreação infantil e realização de eventos.
Todas as soluções tecnológicas utilizadas na cidade, destaca a Panasonic, já estão disponíveis ao mercado. O modelo de Fujisawa poderá ser replicado em outras localidades do Japão e a ideia da companhia é que a contribuição se torne uma inspiração global.
Apesar de não ser uma faceta da empresa conhecida no Brasil, a Panasonic atua no setor de casas pré-fabricadas desde 1959 e em 2012 produziu uma série que batizou de “Smart PanaHome”, com economia de energia. As casas de Fujisawa têm até 163 metros quadrados e custo médio de US$ 500 mil; o valor é o mesmo de residências do mesmo tamanho e sem o conceito de casa inteligente em outras áreas do país.
Compartilhe
Veja também
Edu Lyra: “Nossa luta é para que as empresas enxerguem as favelas com toda a sua potência”
Fundador da Gerando Falcões comenta o lançamento do livro “De Marte à Favela”, com Aline Midlej, e discorre sobre atual olhar das empresas sobre as favelas e as articulações junto ao terceiro setor
Copa do Mundo: Fifa anuncia os países-sede das edições de 2030 e 2034
Competição será dividida entre Espanha, Portugal e Marrocos, com jogos também na Argentina, Uruguai e Paraguai em 2030 e Arábia Saudita será a sede em 2034