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Considerações propedeuticas sobre converência

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Ponto de vista

Considerações propedeuticas sobre converência


24 de agosto de 2011 - 2h57

A palavra vem do grego “pró” (antes) e “paideutikós” (relativo ao ensino). Refere-se a tudo que devemos conhecer antes de partirmos para o estudo de uma nova matéria.
Andamos discutindo por aí o “digital” e o “convergente” e quero propor algumas considerações propedeuticas a respeito do assunto.

Primeiro uma questão semântica. Insistimos em contrapor o digital ao analógico, sendo que representações digitais não poderiam ser mais analógicas. Compreendo a necessidade de estigmatizar o “velho” para aceitar o “novo”, mas essa conceituação causa mais confusão do que ajuda.

Outro elemento é que creio que podemos abandonar a idéia (ou o desejo) de convergência. Já deve estar claro para todos que a mídia não convergirá para uma única plataforma. O mundo será cada vez mais plural.

Mas para aqueles que necessitam focalizar sua atenção, sugiro adotar o “conteúdo” como ponto de referência.

Essas considerações são particularmente importantes porque os enfoques recentementes adotados para “digital” e “convergente” remetem a paradigmas antigos que limitam o livre pensar e restringem o vislumbramento de novas possibilidades “fora da caixa”.

É relevante identificar o que permanece e o que está livre para ser re-significado.

O ser humano segue em sua versão 1.0 no que se refere a seus canais de comunicação com o mundo e suas necessidades primárias. Esse é o paradigma epistmológico fundamental.

Para o resto, como diria Millôr Fernandes, “livre pensar é só pensar”.

* Flávio Ferrari está à frente da consultoria Unit 34

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