Mais da metade dos brasileiros já compra pelas redes sociais
Segundo o Relatório do Varejo 2025, divulgado pela Adyen, plataformas sociais e os influenciadores têm redefinido a experiência de compra

O Brasil é um dos países mais conectados às redes sociais no mundo (Créditos: Sandwish-shutterstock)
O e-commerce brasileiro têm passado por profundas transformações com a chegada do social commerce, serviço de vendas diretamente pelas plataformas sociais.
Com a chegada do Instagram Shopping, em 2018, e do TikTok Shop, neste ano, a estratégia de vendas através das redes já se mostrou um importante meio de impulsionar negócios e fidelizar clientes.
De acordo com o Relatório do Varejo 2025, divulgado pela Adyen exclusivamento ao Meio & Mensgaem, mais da metade dos brasileiros (55%) já utiliza as redes sociais como canal de compras, sendo que 37% dos consumidores tendem a adquirir um produto se ele estiver em alta nas redes.
O papel dos influenciadores e das trends assumem destaque nesse tipo de comércio. Segundo o relatório, 51% dos entrevistados são mais propensos a comprar ao ver amigos, influenciadores ou celebridades utilizando ou recomendando produtos.
“Estamos vivendo a era da influência no consumo. As redes sociais transformaram o ‘descobrir’ em ‘comprar’ e funcionam como vitrines digitais. Isso exige que as marcas repensem suas estratégias de conteúdo e conversão,” conta Renato Migliacci, vice-presidente de vendas da Adyen Brasil.
O social commerce, apesar de muitas vezes ser visto como estratégia para novas gerações, tem se mostrado efetivo de forma multigeracional. Os Millennials e a geração X somam 65% dos consumidores via redes sociais, enquanto a geração Z representa 24%. Os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1960), apesar de representarem uma parcela menor dos compradores (10%) são o público com maior taxa de recorrência, com 82% fazendo até cinco compras por mês.
Mesmo com o crescimento da tendência, o relatório revela que apenas 23% das empresas brasileiras pretendem investir em social commerce para crescimento de receita neste ano. Alguns fatores que podem influenciar nessa resistência são: a preocupação com segurança de dados, a dificuldade em mensurar resultados e a alta competitividade do ambiente.
A pesquisa foi conduzida pela Censuswide, com mais de 41 mil consumidores e 14 mil comerciantes de varejo ao redor do mundo.