Internet of Things: a informação de consumo será ubíqua?
O conceito se propõe a permitir que qualquer objeto possa interagir com pessoas e com outro objeto, quando conectado à rede
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Meio & Mensagem
5 de abril de 2015 - 5h17
Definida como a “característica do que existe ou está praticamente na maioria dos lugares”, a ubiquidade é associada, em grande medida, à “onipresença”, como a capacidade, antes exclusivamente “divina”, “de estar, ao mesmo tempo, em todos os lugares”. Assim é a internet. Ubíqua e onipresente nas nossas vidas.
A maior prova disso é o despontar do que se convencionou chamar de a “internet das coisas” (Internet of Things – IoF). Tida como o futuro da sociedade, a internet das coisas se propõe a permitir que quaisquer objetos do nosso dia a dia possam interagir com pessoas e com outros objetos, quando conectados à rede. Trata-se, portanto, de uma internet totalmente ubíqua e invisível, permeando absolutamente tudo à nossa volta. Justamente o que alicerça a sua conceituação: “possibilidade de conectar o mundo físico com o mundo digital por meio da web” (segundo o Horizon Report).
Isto significará que o “usuário comum” poderá usufruir de toda a tecnologia oferecida pela inteligência artificial e conhecimento das máquinas, que “dialogarão” com os objetos, via bancos de dados interligados e ofertados em múltiplas plataformas. Os sensores (que descobrem mudanças físicas no entorno) e as smarts tags (nos objetos conectados) possibilitarão ligar qualquer objeto na rede, pois a ubiquidade da proposta é, realmente, “concreta”.
Um estudo realizado pela Cisco, por exemplo, mostra que, atualmente, já existem mais objetos conectados à internet do que pessoas no mundo e ainda aponta que, daqui a 5 anos, 50 bilhões de coisas estarão conectadas à Internet. Tudo com o intuito de “otimizar a vida das pessoas e organizações, além de melhorar as operações do dia a dia, economizando tempo, dinheiro e até mesmo vidas”.
Tal abordagem, definitivamente, deve nos fazer “re-pensar” o entendimento acerca da internet em nossas vidas. Afinal, como profissionais atuantes no mercado publicitário, nossos olhares se voltam para a internet nos moldes que profetizou Jaffe (2008) em seu livro “O declínio da mídia de massa”, como mídia, vitrine, canal de distribuição, meio de comunicação, interface de entretenimento, centro de realização, mecanismo e atendimento ao cliente, fonte de informações e ferramenta de produtividade, consequentemente: como “a mídia” integradora do plano de comunicação.
O próprio Jaffe (2008) nos apresentou duas analogias para definir a integração que só era possível com a internet, a saber: 1. do átomo: a internet é tanto o núcleo (o cerne) dos programas de marketing integrado como um elétron em órbita; 2. da estação central: onde os consumidores desembarcam, partem e se afunilam em cada um dos cruzamentos na curva de adoção do consumo, e é simultaneamente uma das várias mídias que controlam o tráfego rumo ao destino desejado.
No entanto, atualmente, com todas as potencialidades da internet das coisas, o nosso entendimento tem que ser, sobremodo, ampliado. Como ressaltou Gabriel (2009) no texto “Redes sociais e mobilidade”, a mobilidade proporcionada pelos devices portáteis, associada à ubiquidade computacional (que começa a ser vista com a internet das coisas) é “fator catalisador das relações sociais” hoje “permanentemente” online. Não é por acaso que a autora postula que tudo isso “cria um ambiente favorável para as realidades mistas, que por sua vez encorajam a interação off e online, em qualquer tempo, qualquer lugar”.
Nesse sentido, talvez a primeira consideração a ser “re-pensada” seja sobre a própria conexão entre as mensagens publicitárias e a informação produzida pelos objetos de consumo. Com a internet indo muito além de ser a “mídia integradora dos planos de comunicação” da contemporaneidade, a relação propaganda – conteúdo – consumo passa a ter múltiplas direções, pois nos transportará para uma realidade de mundo também integrada, pela construção de um sistema ubíquo, inteligente artificialmente e capaz de fornecer respostas rápidas e assertivas para as diversas necessidades de consumo da contemporaneidade.
Diego Oliveira é diretor de contas do Ipsos Brasil
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