Edgar Chagas Diniz
31 de outubro de 2012 - 4h15
Nos últimos anos nossa vida foi invadida pelo MMA, a Mixed Martials Arts. Algumas novidades aparecem sem que a gente perceba que tem necessidade. Antes, o boxe nos satisfazia e os confrontos emblemáticos na TV resolviam nosso desejo de assistir lutas. Mas veio a popularização do jiu-jitsu, do kickboxing, do taekwondo, do judô e os golpes de combate em pé se misturaram às técnicas de luta no chão. Os punhos ganharam companhia de pés, cotovelos, joelhos, além de técnicas de imobilização. Em pouco tempo, pegamos gosto pela coisa, conhecemos os ídolos, brasileiros se destacaram, o evento virou um espetáculo e, quando menos esperávamos, estávamos prostrados diante da TV, esperando pelos combates, torcendo, vivendo a emoção daquele esporte.
No ano que vem, o UFC fará 20 anos, o que faz dele uma competição estabelecida, com transmissões na TV Globo e narração do Galvão Bueno. Mas são somente seis transmissões por ano e apenas quatro eventos no Brasil. No UFC não cabe todo mundo, não resolve sozinho a necessidade dos fãs e – já que a demanda aumentou – outros eventos foram criados. Há muitos realmente interessantes, que figuram por aí.
A procura é tanta que nós, do Esporte Interativo, fomos atrás. Nosso pacote de MMA é variado porque este mundo está cada vez mais plural e porque nossos 100 milhões de espectadores também estão ansiosos por lutas. O Bellator, principal concorrente do UFC, atraiu no último final de semana, 3,6 milhões de espectadores. E ainda tem BAMMA, M-1 Global, Shooto, Cage Rage, It’s Show Time e o Mestre do Combate, uma competição nova, apadrinhada pelo Rickson Gracie, que será toda disputada no Brasil.
Como escrevi no início do texto, é uma invasão. Uma saborosa invasão. Um esporte que conquistou os fãs de várias artes marciais, modernizou o esporte, criou ídolos, fãs e ganhou as principais mídias. Quem não quer ver (falar, comentar, praticar, criticar, opinar sobre) MMA? Difícil! Já existe, inclusive, uma discussão se o MMA já é o segundo esporte preferido do brasileiro. Qual é a sua opinião?
Compartilhe
Veja também
-
Edu Lyra: “Nossa luta é para que as empresas enxerguem as favelas com toda a sua potência”
Fundador da Gerando Falcões comenta o lançamento do livro “De Marte à Favela”, com Aline Midlej, e discorre sobre atual olhar das empresas sobre as favelas e as articulações junto ao terceiro setor
-
Copa do Mundo: Fifa anuncia os países-sede das edições de 2030 e 2034
Competição será dividida entre Espanha, Portugal e Marrocos, com jogos também na Argentina, Uruguai e Paraguai em 2030 e Arábia Saudita será a sede em 2034
-
-
-