Meio & Mensagem
15 de abril de 2011 - 10h00
Em princípio para nada. Mas os dirigentes do maior grupo de agências de comunicação do Brasil insistem em nos fazer pensar nas letras. Agora já são seis ao todo. O ABC mais o XYZ. Sem contar com o DM e o DDB. Em pouco tempo teremos um alfabeto de idéias a nossa disposição. Genial.
Mas por traz desse abecedário de imaginação o que existe é a reflexão sobre o modelo de negócio da propaganda brasileira que, há décadas, combate o inimigo imaginário criado pelo projeto hegemônico de alguns veículos de comunicação.
A XYZ é mais que um arroubo criativo do líder máximo do conglomerado de empresas. É, na verdade, a prática de outro modelo de negócio para a indústria da comunicação no Brasil. Mais moderno, criativo, democrático e rentável.
Não é mais possível disfarçar o mofo do modelo da propaganda brasileira. Ele está nas expressões de seus defensores, verdadeiros oráculos do apocalipse, incapazes de estabelecer o debate, resistentes às argumentações e censores da livre iniciativa.
A XYZ é a consolidação de um formato de empresa que reúne talentos dispostos a fazer bons negócios para os anunciantes brasileiros. Diferente das agências de propaganda que se especializaram em fazer um negócio para seus clientes.
Através da palavra “entretenimento”, uma expressão genérica que tanto pode significar muito, como pode significar nada, os idealizadores da XYZ pretendem escapar das amarras impostas por um negócio que se nega a admitir as diferenças, ou seja, todos precisam operar da mesma forma. Isso, além de velho, é contra tudo o que conhecemos como modelo de gestão.
Aprendemos a rezar na cartilha da defesa do mercado publicitário brasileiro e, em nome dessa crença, estamos afundando o barco, incapazes de rever o modelo. De tempos em tempos aparecem algumas letras de alerta que servem como sinais sobre nossa infinita capacidade de fazer melhor e diferente aquilo que fazemos. É para isso que serve a XYZ.
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