Os impactos do novo formato do Paulistão 2026
Inspirado no modelo da UEFA Champions League, competição quer estar mais próxima das marcas e dos clubes para o desenvolvimento de estratégias

Paulistão 2026 quer ser mais competitivo e trazer pacotes personalizados para as marcas (Crédito: Marco Galvao/Sports Press Photo/Getty Images)
Na última terça-feira, 11, a Federação Paulista de Futebol (FPF) apresentou oficialmente a proposta do novo modelo do Campeonato Paulista. A competição, assim como os outros estaduais, foi uma das mais afetadas com as mudanças de calendário propostas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Isso significa que, a partir de 2026 até 2029, o Paulistão terá disponível no máximo, 11 datas, de janeiro a março, com uma redução de cinco jogos em relação ao que aconteceu na temporada 2025.
Além disso, a competição terá essas datas mais espaçadas e diluídas, acontecendo junto com o Campeonato Brasileiro. Para 2026, a estreia está marcada para dia 11 de janeiro.
Segundo Bernardo Itri, vice-presidente de Comunicação e Marketing da FPF, existia a necessidade de revisitar o calendário do futebol brasileiro, especialmente em um ano de Copa do Mundo, que naturalmente exige mais datas destinadas a Fifa.
“O que estamos fazendo é formatar um modelo inspirado na [UEFA] Champions League, com menos rodadas na primeira fase. Vamos ter um campeonato que todo jogo vai valer muito, o que do ponto de vista comercial é muito relevante”, diz.
Como será o novo Paulistão?
Com as mudanças apresentadas, a federação quer tornar o campeonato mais competitivo e atrativo. Por isso, com o novo sistema, as oito rodadas da primeira fase estarão distribuídas em um modelo de potes, onde todos os times se enfrentam entre si.
Na primeira fase, cada clube jogará oito partidas, quatro em casa e quatro fora enfrentando adversários de todos os níveis. Ao final da fase, os oito melhores equipes avançam para as quartas de final, em jogo único, com empates decididos nos pênaltis. As semifinais também serão em partida única.
Embora tenha acontecido uma diminuição no número de partidas, Itri afirma que não houve impactos comerciais e nem em questão de transmissões esportivas. “Essa rivalidade regional tem muito valor para o torcedor. Isso impulsiona a visibilidade com os nossos parceiros que são Record, YouTube (CazéTV) e TNT Sports (Warner Bros Discovery). Do ponto de vista financeiro, nos posicionamos ativando as marcas e como uma plataforma de futebol no Brasil”, afirma.
Para o executivo, por ser o detentor e comercializador dos direitos de transmissão e comerciais, o estadual paulista tem a oportunidade de trabalhar com pacotes personalizados.
DEIXA QUE O AMARAL EXPLICA!
O maior campeonato do primeiro semestre está cheio de novidades! Aiaiai uiuiui 😂#Paulistão2026 pic.twitter.com/Wak1nw3F65— Paulistão (@Paulistao) November 12, 2025
Parceria com as marcas
Para 2026, o Paulistão já confirmou a presença de nove marcas parceiras. A competição contará com 7K, Betano, Bet365, Bis, Casas Bahia, Clear, Dorflex, Pedigree e Sil.
Para essas empresas, a federação busca oferecer ações ligadas à experiências em campo.
As substituições serão propriedade da Bet365 e Dorflex fará ativações no atendimento médico dos atletas, enquanto Casas Bahia terá um lounge especial com presença de talentos e convidados. Pedigree e Sil são as estreantes da competição.
“Não temos pacotes prontos. Se eu tenho uma conversa com uma marca, tento entender o que ela precisa. A chave das inovações passa pelo entendimento das necessidades e pela construção coletiva”, completa Itri.

