Receita da Fifa desacelera após caso de corrupção, mas cresce
Ciclo da Copa do Mundo da Rússia renderá US$ 5,2 bilhões, alta de 8% sobre a Copa do Brasil, pior crescimento neste século
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Fernando Murad
12 de junho de 2018 - 7h00
A partir da Copa do Mundo de 2002, realizada na Coreia do Sul e no Japão, a primeira disputada na Ásia, a Fifa passou a registrar um crescimento muito acelerado das suas receitas, especialmente com direitos de transmissão e patrocínios. No ciclo de quatro anos da Copa de 2002, a entidade máxima do futebol teve receita de US$ 1,6 bilhão, valor que triplicou e chegou a US$ 4,8 bilhões no período da Copa de 2014 no Brasil. A projeção da Fifa é que a Copa da Rússia gere US$ 5,2 bilhões, um acréscimo de 8% em relação a Copa anterior.
Este será o pior crescimento da FIFA neste século. A Copa de 2014 registrou evolução de 15% em relação à Copa de 2010, na África do Sul. Esta, por sua vez, teve um incremento de 59% em comparação com a Copa da Alemanha de 2006. Já a segunda copa realizada na Alemanha teve crescimento de 65% em reação ao mundial de 2002, na Ásia. Os dados são de um estudo da Sports Value, especializada em marketing esportivo, branding, patrocínios, avaliação de marcas e de propriedades esportivas.
Copa impulsiona receita da Fifa
A receita da Copa da Rússia com direitos de transmissão será o recorde para a Fifa, com quase US$ 2,8 bilhões – na Copa de 2014 o valor foi cerca de US$ 2,5 bilhões. Para efeito de comparação, na Copa de 2002 os direitos de transmissão renderam US$ 991 milhões aos cofres da entidade. Em termos de patrocínio, o montante deve cair, passando de US$ 1,6 bilhão, na Copa de 2014, para US$ 1,3 bilhão, na Rússia.
“Definitivamente, a Fifa viu sua marca arranhada por conta dos graves casos de corrupção. Atualmente os patrocínios em queda mostram isso. O produto Copa do Mundo continua maravilhoso. Os patrocínios cresceram muito até a Copa de 2014. O mercado de mídia russo é menor que o brasileiro, mas a queda não se justifica”, analisa Amir. O estudo da Sports Value considerou os dados financeiros históricos publicados pela Fifa e outras informações econômicas e de mídia.
*Crédito da foto no topo: Clive Rose/GettyImages
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