Reserva expõe seus planos para 2017
Grife carioca quer lançar uma marca popular e expandir distribuição da feminina Eva, diz o CEO Rony Meisler
Grife carioca quer lançar uma marca popular e expandir distribuição da feminina Eva, diz o CEO Rony Meisler
Roseani Rocha
21 de novembro de 2016 - 8h00
O Grupo Reserva, surgido com a grife carioca masculina de mesmo nome, quer alçar novos voos em 2017. Na última semana, seu CEO Rony Meisler, anunciou a intenção de criar uma nova marca, a Ahlma, numa proposta de produtos e preços mais populares. Na entrevista a seguir, ele detalha a iniciativa, assim como conta que pretende iniciar, também ano que vem, a expansão de sua marca feminina, a Eva, para mercados além do Rio de Janeiro.
Meio & Mensagem – Quando será lançada a Ahlma?
Rony Meisler – Ainda não temos uma data oficial para o lançamento, mas será no início de 2017. Já em janeiro, entra no ar um pré-site, no qual convidaremos as pessoas para colaborarem com a criação da marca, sugerindo ações, produtos… e em seguida entra no ar o e-commerce. Então, podemos dizer que o lançamento é nacional, e não só no Rio.
M&M – De onde veio esse nome?
Meisler – Ahlma nasce dentro da Malha – maior espaço de moda colaborativo do Brasil – para ser a sua marca. O nome veio de uma brincadeira com as letras, mas que reforça o conceito de que dentro de todos nós tem uma essência, que é única. Daí veio o também a tagline “Menos tendência e mais essência”.
M&M – Quanto estão investindo nesse lançamento?
Meisler – Não abrimos esta informação.
M&M – Uma das justificativas dos preços mais altos da Reserva era que privilegiava principalmente os fornecedores locais, em vez de mão de obra barata de outros países. A produção da Ahlma também será local? Qual a equação para precificar os produtos? Pode dar exemplos dos principais itens que a marca terá e seus preços?
Meisler – A Reserva acaba tendo preços mais altos por conta de seu modelo de negócios ancorado na indústria brasileira e em nossa rede de clientes multimarcas revendedoras (1.400 lojistas ). A Reserva compra da indústria nacional, revende em atacado para as multimarcas que por sua vez vendem para seus clientes finais, e, por isso, para não as canibalizar, em suas lojas próprias, a Reserva vende ao mesmo preço final que as multimarcas. A cauda longa de marcação acaba tornando o produto menos acessível. A produção da Ahlma também será 100% local, e, para reduzir os custos finais dos produtos, a marca não será revendida em multimarcas. Além disso, começará a ser vendida através do e-commerce da marca ao invés de lojas físicas com custos altos de locação. Os produtos ainda estão em fase de criação, não temos os preços finais.
M&M – Se a Ahlma não estará em multimarcas? Qual será seu formato de venda e distribuição?
Meisler – Começa com e-commerce e depois irá expandir para outros canais próprios.
M&M – Que ações de marketing pretendem fazer para anunciar a nova marca e como pretender diferenciar seu posicionamento em relação a Reserva e Eva?
Meisler – O que já podemos adiantar é que a marca será a consequência de um exercício de colaborações feitas com marcas e pessoas admiráveis. Será também uma marca sazonal, com calendário próprio de lançamentos e independente do mercado.
M&M – A Ahlma quer ser uma nova Hering?
Meisler – Hering só uma. Somos fãs.
M&M – O que você quer dizer exatamente ao afirmar que a Reserva quer ser “uma consolidadora no mercado”?
Meisler – Que estamos amarradões para encontrar gente tão apaixonada pelos seus negócios/marcas como nós somos pelo nosso. A ideia é que nos associemos para que juntos possamos construir futuro.
M&M – Já estamos em novembro, que balanço faz de 2016 e quais os planos para o ano que vem? A Ahlma será a principal novidade?
Meisler – Em 2016, transformamos nossos primeiros 10 anos em tema de campanha e, para compartilhar nossas conquistas, lançamos 1p5p, a cada peça vendida doamos cinco refeições a quem tem fome no País. Foram quase quatro milhões de refeições doadas em apenas seis meses de projeto e acreditamos que serão pelo menos 10 milhões todos os anos. Absolutamente nada poderia ser mais importante do que isso. Para 2017, eu destacaria o lançamento de uma linha de relógios da Reserva, trabalho que já estamos desenvolvendo há dois anos. A ideia é começar através das nossas peças a longa tradição brasileira de fazer relógios (risos). Será, obviamente, 100% feito no Brasil. Além disso, faremos o rollout da Eva para todo o País.
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