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Roku não investirá em games

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Roku não investirá em games

?Jogo é um lançamento, não uma estratégia?, afirmou o CEO Anthony Wood


9 de outubro de 2015 - 8h00

Do Advertising Age,

Quando a Amazon.com, a Apple e o Google lançaram as novas versões dos seus serviços de vídeo, as três empresas mostraram uma forma de jogar videogames nas TVs. Roku está indo na direção oposta. Em uma entrevista sobre o Roku 4 nesta semana, o chefe executivo da marca não mencionou jogos quando explicou a estratégia do aparelho.

O Roku ofereceu jogos por anos, mas o CEO Anthony Wood duvida que o seu aparelho ou qualquer concorrente irá disparar na frente com jogos. “Nossa atitude com jogos é que é uma ferramanta, não uma estratégia,” afirmou Wood quando perguntado diretamente. Ele acha que o Xbox e o Playstation vão continuar dominando a elite dos games e não vê muito potencial em converter jogos de mobile para TV. “Nós achamos que oferecer jogos em um serviço de streaming não é viável,” afirmou.

Aparelhos como Nvidia Shield e o Playstation TV, que foram construídos como alternativas de streaming para consoles caros, ainda não fizeram muito sucesso. A Ouya, uma starup que constrói um console invisível no Android, foi um fenômeno. Mas nunca decolou, e os consoles foram descontinuados quando a empresa foi vendida. “O impacto esses aparelhos em jogos foi quase nulo até agora,” pontua David Cole, da DFC Intelligence, uma empresa que rastreia a indústria de entretenimento digital. “É possível mudar no futuro, mas não necessariamente em um futuro próximo.”

Joost Van Dreunen, chefe executivo de pesquisas de games para a empresa Superdata, disse que a busca da Apple por games faz sentido por causa da dominância da empresa no mobile. Já o Roku não tem esse relacionamento com desenvolvedores de apps. “Será extremamente custoso para eles cultivarem e subsidiarem um ecossistema de desenvolvedores que realmente criariam aplicativos matadores,” opina Van Dreunen. A Amazon, que também não tem muitos laços com a comunidade de desenvolvimento, criou sua própria rede de estúdio de games para seus devices.

Existem motivos óbvios para não construírem aparelhos de streaming para jogos, aponta Todd Harris, co-fundador e chefe de operações da Hi Rez, um estúdio de 200 pessoas baseado em Atlanta. A empresa cria games para computadores pessoais e consoles, e está pensando em seu primeiro jogo para celular. Porém, Harris afirma que não pensa fazer jogos para aparelhos televisivos. Ele é cético sobre se a explosão dos jogos para mobile irá resultar no sucesso dos jogos para televisão. “Muito do conteúdo é baseado em controle touch e sessões curtas”, afirmou. Jogos para TV não irão funcionar desse jeito, então os desenvolvedores precisarão trata-los como um produto único. “É necessário que haja uma adesão em massa dos produtos de streaming para que isso aconteça e que o design de jogos seja feito de outras maneiras,” diz Harris.

Wood argumenta que os maiores concorrentes do Roku estão lendo o mercado de forma errada, dado o grande sucesso dos jogos para celular. “Eles querem replicar isso nas televisões, mas não podem porque os jogos migraram para o celular”, afirmou. “Nossa visão é bem simples: as pessoas querem assistir TV na TV.”

Com informações da Bloomberg News
Tradução: Mariana Stocco

 

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