Rumo à Sociedade Conectada em alta velocidade
Márcia Goraieb, vp de comunicação da Ericsson para AL e Caribe, comenta as tendências apontadas pelo Mobile World Congress 2012 (*)
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Meio & Mensagem
2 de abril de 2012 - 10h18
O sol se pôs em Barcelona e milhares de pessoas continuavam a integrar o movimentado ambiente de La Fira, espaço onde acontecia o Mobile World Congress 2012. Sob o tema “Redefinindo a mobilidade”, intensas discussões sobre a evolução da tecnologia para redes mais eficientes e poderosas, assim como a dos usuários, em seus hábitos, preferências e necessidades, apontavam para um novo cenário, onde consumidores e mobilidade passam a se redefinir mutuamente.
Durante o evento, a Ericsson apresentou a Sociedade Conectada em seus mais diversos aspectos para os olhares atentos dos participantes, que vivenciavam o maior e mais importante evento de tecnologia móvel da indústria. É neste exato momento do ano onde são apresentados os lançamentos e as tendências do mundo todo que pautarão o mercado de tecnologia nos meses seguintes. Em 2011, o MWC reuniu mais de 60 mil pessoas, de 200 países, e este ano a sensação é de que esse número foi ainda maior (foram 67 mil pessoas).
Acredita-se que, até 2020, o mundo terá 50 bilhões de dispositivos conectados, sendo 2 bilhões somente no Brasil. Nesse cenário, a Ericsson prevê três forças essenciais que conduzirão à Sociedade Conectada: a computação em nuvem, a banda larga e a mobilidade.
Quando uma pessoa se conecta, sua vida muda para melhor, mas quando tudo está conectado é o nosso mundo que muda para melhor. Hoje, para cada 10% de aumento na penetração da banda larga, há um incremento de 1% no PIB. Além disso, para cada 1 mil novos usuários de banda larga, 80 empregos são criados. Essa é uma nova era para a humanidade.
A disponibilidade de serviços e aplicações de dispositivos em tempo real está mudando radicalmente a forma como vivemos. Um estudo da Ericsson revela que, entre os entrevistados, 76% do tempo utilizado em seus smartphones são destinados para outras funções além de fazer ligações. Estamos construindo redes que serão utilizadas em situações que nem conseguimos imaginar e 130 anos de experiência nos mostram que conetividade tem se tornado cada vez mais fundamental para nossas vidas.
Dessa maneira, apresentamos demos que permitiram ao público vivenciar os benefícios e avanços reais da Sociedade Conectada. Entre os destaques, o Connected Me, que utiliza o corpo humano como canal de comunicação, os serviços financeiros móveis de m-wallet e m-commerce e uma solução de recarga inteligente de carros elétricos com conexão móvel.
O projeto para recarga de carros elétricos com conectividade móvel foi feito em parceria com a Volvo, a Göteborg Energi, companhia sueca de energia, e o Instituto Viktoria, de pesquisa de TI sem fins lucrativos. O resultado foi um sistema que permite aos motoristas controlar a recarga dos carros elétricos. Com a rede móvel, o carro pode se comunicar com a rede elétrica para que a recarga seja programada com base nos preços da rede de energia. O sistema direciona a despesa de energia para a conta do proprietário, que pode determinar o tempo e o valor da recarga em um console instalado no carro ou por meio de um smartphone ou tablet.
Outro destaque foi o Connected Me, que utiliza o corpo humano como canal de comunicação. A tecnologia usa uma técnica chamada capacitive coupling, na qual as propriedades elétricas do corpo humano são usadas para transmitir sinais com informação digital. Ela pode ser usada para que um smartphone, por exemplo, passe dados por meio do corpo humano para outros dispositivos, como impressoras, telas, alto-falantes, entre outros. As possibilidades são inúmeras.
Já imaginou o mundo sem a necessidade de uma chave física, por exemplo? Isso já é possível com a tecnologia da Ericsson em uma fechadura eletrônica, onde o usuário pode autorizar somente as pessoas que ele quiser a abrir a porta de casa ou de outro local.
Com a crescente tendência de computação em nuvem (capacidade de armazenamento de computadores e servidores por meio da internet), também anunciamos o conceito da Nuvem em Rede, uma plataforma de negócios para as operadoras obterem novas receitas, evoluírem sua capacidade de rede e melhorarem a qualidade da experiência do usuário.
O aumento de demanda por conectividade móvel não só impulsiona o mercado de computação em nuvem, mas traz à tona a necessidade de garantir a capacidade das redes e a qualidade do serviço. Por esse motivo, a empresa lançou também o serviço de Otimização de Rede para Smartphones para ajudar as operadoras com o planejamento da introdução de smartphones e expansão de redes com eficiência de custos.
Anunciamos uma aliança estratégica com a Western Union, para acelerar os serviços financeiros móveis, que terá início com a integração da rede de transferência de dinheiro virtual da empresa com o conjunto de soluções m-commerce da Ericsson. Além disso, com o grupo MTN, levaremos os serviços de m-wallet para a África e o Oriente Médio. Acreditamos que 2012 será o ano das parcerias em todo o ecossistema emergente de m-commerce.
Dessa maneira, após quatro dias de grandes lançamentos e discussões, o evento termina com ares de inovação e seguimos rumo à Sociedade Conectada, cada vez mais próxima, em uma revolução em alta velocidade.
(*) Márcia Goraieb é vice-presidente de Comunicação da Ericsson para América Latina e Caribe e escreveu sobre o maior evento de telefonia móvel do mundo a pedido do Meio & Mensagem. O Mobile World Congress 2012 aconteceu entre os dias 27/02 e 01/03 em Barcelona, Espanha.
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