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Sul-coreana Missha quer conquistar brasileiras
Empresa de cosméticos asiática terá vendas online e na rede Drogarias Iguatemi
Sul-coreana Missha quer conquistar brasileiras
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Roseani Rocha
11 de setembro de 2015 - 12h49
Ter a pele impecável é quase uma obsessão para as mulheres asiáticas e para agradar a esse público exigente as indústrias de cosméticos da região, em especial as sul-coreanas, acabaram por ter como característica o desenvolvimento de produtos altamente tecnológicos. Uma delas, a Missha a partir deste mês passa a operar oficialmente no mercado brasileiro.
Os produtos que apareciam no mercado interno, geralmente, vinham de quem viajava para o exterior – a marca está presente em 35 países, entre os quais Estados Unidos, Canadá, China, Japão e alguns da Europa. A partir deste mês, em consequência de acordo com uma representação no Brasil, a empresa começa a vender um de seus produtos-ícone, o BB Cream M Perfect Cover.
Inicialmente, o produto será encontrado no e-commerce da marca e na rede de drogarias Iguatemi. Segundo Camila Yu, diretora de marketing da marca no Brasil, o plano de expansão passa por pontos de venda especializados em cosméticos de luxo (a Sephora é outra rede com a qual já estão negociando).
No total, o portfolio da Missha possui mais de 600 itens, entretanto, a entrada no mercado brasileiro será cautelosa. “Pretendemos entrar com pré-maquiagem e, num segundo passo, skincare”, diz Camila. Para a comunicação da marca, a protagonista deverá ser uma xará da executiva, a blogueira Camila Coelho.
Ambições globais
A diretora de marketing da Missha destaca que tudo que tem sido feito na Coreia tem tido um pouco do perfil ocidental, já pensando em uma estratégia de mercado global. Lembra o processo ocorrido na indústria automotiva, em que a despeito de alguns poucos ceticismos, fez despontar sucessos como uma Hyundai. Agora, é a vez das marcas de beleza.
Reconhece, no entanto, que a marca tem desafios no Brasil. “Este é um ano bastante atípico em investimento e ambiente de negócio, com o dólar em alta. A importação demorou um pouco, tivemos que ajustar as questões logísticas”, pondera. Ainda assim, o setor de cosméticos é um dos que ainda mantém bons índices de crescimento.
Quanto a questões de diferenças culturais, como por exemplo, o fato de as asiáticas fugirem do sol para manter a pele “porcelana” e no Brasil as mulheres gostarem eventualmente de exibir um bronzeado, Camila minimiza o choque. Lembra que as coreanas prezam muito pelo cuidado facial e a brasileira, o corporal. Ainda assim, diz, no Brasil as pessoas já estão bem mais instruídas quanto à necessidade de proteger a pele quando vai tomar sol. “Nossos produtos, além da função cosmética têm componentes clareadores, antirrugas. São multifuncionais porque pensados para a mulher moderna, que se cuida, mas é ocupada”, diz Camila Yu.
Independentemente de câmbio, impostos e outros fatores que tornam o ambiente de negócios no Brasil um dos mais hostis, a equipe da Missha no Brasil pretende colocar o país entre os principais mercados da marca no mundo. Para quem duvida, é bom lembrar da Hyundai.
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