Web, TV, Xbox, Verizon e outros estão prontos para o desafio
Uma série de players endinheirados tenta a sorte à medida que a tecnologia evolui nesse segmento
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Meio & Mensagem
19 de abril de 2011 - 3h10
Um grupo de empresas milionárias, que inclui a Microsoft e a Verizon, começa a explorar o serviço de entrega de TV via web num movimento que pode prejudicar o setor de televisão a cabo e levar a uma nova geração de empresas de cabo virtuais que oferecem TV sem ter as respectivas redes que as conectam às residências.
A Microsoft tem mantido contatos com as redes de TV para a aquisição de direitos com o objetivo de fornecer um pacote de canais por meio do Xbox nos Estados Unidos, além do video-on-demand e do Netflix Watch Instantly, serviço que já fornece por meio do Xbox Live a 30 milhões de usuários norte-americanos.
A Verizon, por sua vez, estuda como pode oferecer o serviço de TV FiOS fora de sua área de cobertura por cabos. Para tanto, criou uma nova unidade de negócios, a Verizon Digital Media Services, que permite ao serviço FiOS e outros oferecer TV ao vivo pela internet a todos os dispositivos conectados à rede.
Nem Microsoft e tampouco a Verizon estão próximas de lançar seus próprios serviços de TV pela web, mas, ambas estão determinadas a garantir os direitos para que tenham a opção de fazê-lo (o serviço de TV) no futuro. E essas empresas não estão sozinhas: os operadores de cabo têm prestado atenção à entrega via web para ultrapassar os limites de suas redes de cabo e, além disso, serviços de video-on-demand como o Hulu, a Apple e a Amazon, assim como outras marcas geralmente não associadas à TV, estão atentos para entrar no mercado de TV.
Brincadeira de criança
Todas essas conversas apontam para um futuro aonde os consumidores terão a opção de comprar de serviços de banda larga de um provedor e de TV via web de outro. Isso tudo promete fazer a atual disputa entre programadores e operadoras de cabo sobre o direito de transmitir conteúdo para novos dispositivos como iPad parecer brincadeira de criança.
A Microsoft, que construiu um negócio de games imenso, tem procurado oferecer a TV linear há anos, e recentemente busca os direitos para fazê-lo. Mas, se o Xbox deve mesmo fornecer TV linear é uma questão feroz na sede da empresa, em Redmond. O game é um negócio rentável para a Microsoft de uma forma que o vídeo não é. Além disso, os executivos da empresa não veem nenhuma vantagem competitiva em simplesmente combinar uma assinatura por cabo com preço e conteúdo.
Mas, se não está no segmento de distribuição de TV, a Microsoft poderia ser, à noite, um dos maiores prestadores de serviços, com 30 milhões de potenciais clientes, que já gastam 40% do seu tempo assistindo vídeo no Xbox.
"O que eu posso dizer é que a Microsoft Xbox tem muito interesse em entregar o grande entretenimento para os consumidores, o entretenimento no sentido mais amplo", afirma o diretor de aquisição de conteúdo para Xbox, Ross Honey. "Da nossa perspectiva, games e TV coexistirão."
A Microsoft tem feito incursões na TV através de parcerias com provedores de cabo pelo mundo. A empresa oferece um pacote de cabo de baixo custo na Austrália por meio do Xbox em uma parceria com o operador de televisão por assinatura Foxtel, projetado para atrair o público jovem masculino, e também tem um acordo com a Sky Broadcasting para permitir co-visualização de experiências através da Xbox no Reino Unido. Nos Estados Unidos, assinantes do serviço U-verso da AT&T podem optar por um Xbox no lugar de um DVR (digital video recorder).
Limitações da internet
O debate sobre um serviço de vídeo "over-the-top", que ignora cabos e redes de satélite (serviço direct-to-home – DTH), ocorre há muito, mas, geralmente, tem sido travado por dois fatores principais: os programadores relutam em ceder a novos players, operadoras de telefonia, de cabo e de satélite, o controle sobre o acesso à casa do assinante. Esses players também têm sido contidos pelas limitações da própria Internet: a infraestrutura não é capaz de suportar muitos fluxos simultâneos de conteúdo que um evento popular como, por exemplo, a distribuição em streaming do Super Bowl criaria.
Para resolver o "fator Super Bowl", bem como a complexidade da distribuição de vídeo para celulares, tablets e computadores, a Verizon construiu dois vastos centros de dados em Reston, Virgínia, e Torrance, Califórnia, projetados para oferecer vídeo ao vivo pela web de uma forma tão confiável como qualquer outra empresa de cabo. O serviço de TV FiOS, da Verizon, claro, será um cliente.
"Há questões fundamentais de infraestrutura de internet para resolver, mas seremos capazes de fazê-lo com grande economia de escala", assegura o presidente da divisão de mídia digital da Verizon, David Rips. "Isso permitiria que o FiOS, a Comcast, Hulu, Netflix ou qualquer outro varejista se tornasse um operador multisserviços (MSO)”. Que, no jargão, nada mais é do que um provedor de televisão por assinatura. O executivo afirma que a publicidade segmentada fará parte do lançamento inicial, o que significa uma nova fonte de receita para distribuir TV na web. Entretanto, alguns players não esperarão que a técnica atinja tal estágio.
"Alguém puxará o gatilho este ano. Pode não ser 250 canais em HD, mas será, no mínimo, um punhado de canais com boa base de assinaturas on-demand e a possibilidade de obter o conteúdo em diversos dispositivos", garante o CEO da Clear Leap, Braxton Jarratt, que também fornece tecnologia de habilitação para entrega de TV via web. “Será o Oeste Selvagem por um tempo até que se acalme e amadureça e o retorno venha”, avalia Rips, da Verizon.
Do Advertising Age.
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