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A profissionalização do mercado de influenciadores no LinkedIn

Plataforma tem grande potencial para conectar marcas a profissionais e líderes engajados, mas ainda esbarra em formatos e oportunidades de monetização limitados


14 de setembro de 2018 - 9h00

Postagens analíticas sobre estratégias de negócios, dicas sobre empreendedorismo ou histórias motivacionais de carreira. Seja qual for o interesse do público corporativo presente no LinkedIn, a verdade é que a oferta de conteúdo gerado por usuários tem sido cada vez maior, incentivando um mercado de influência endêmico à plataforma e completamente diferente do de redes sociais como o Instagram ou YouTube.

Com 34 milhões de usuários brasileiros e cerca de 12 mil artigos publicados semanalmente no País, o LinkedIn passa a ser uma possibilidade para empresas que querem se vincular a um tipo de conteúdo mais sério, ainda mais em um momento em que marcas apostam na personificação de suas marcas para gerar mais engajamento.

 

Foto: Reprodução

“Um líder que escreve artigos ou publica posts no LinkedIn pode engajar não só os seus colaboradores, mas também ajuda a divulgar os valores, missão e atuação da companhia, atingindo, naturalmente, novos talentos e potenciais clientes”, avalia Guilherme Odri, editor do LinkedIn.

Segundo o editor do LinkedIn, o potencial de conteúdo da plataforma não fica restrito aos usuários C-Levels, diretores ou recrutadores. “Temos perfis dos mais diferentes níveis, indo de estudantes, CEOs, até pessoas que passaram por transições de carreira e profissões inusitadas, como bombeiros e palhaços”, diz ele.

A estratégia com influenciadores no LinkedIn é especialmente vantajosa para empresas do universo B2B, na avaliação de Danilo Ricchetti, diretor executivo e sócio da consultoria de marketing de influência BRMedia. “Para anunciantes que querem se comunicar com um target bem qualificado, ou falar sobre produtos e serviços com ticket médio elevado, o LinkedIn também se mostra uma excelente ferramenta”, avalia.

Ele afirma que, embora a quantidade de influenciadores ainda seja inferior em relação a outras plataformas, a procura de anunciantes por soluções de comunicação para a rede social é crescente.

De acordo com o LinkedIn, existem pouco mais de 500 influenciadores com o selo de influência oficial da plataforma ao redor do mundo. O selo é concedido aos usuários com base em uma curadoria editorial periódica. “A lista muda ao longo do ano, e avaliamos regularmente os influenciadores existentes para incluir apenas os colaboradores mais engajados”, conta Guilherme.

Na lista de brasileiros, estão personalidades como Eco Moliterno, Fiamma Zarife, Luiza Helena Trajano e Washington Olivetto. Outros usuários, apesar de não possuírem o selo, se destacam na plataforma mesmo sem ser conhecidos.

Monetização

Apesar do potencial para conectar figuras de grande alcance às marcas, o LinkedIn ainda não tem planos para monetizar o conteúdo dos influenciadores. “A única forma de monetização para influenciadores é por meio de publicações pagas, firmadas entre empresas e usuários, e, por sua vez, totalmente desvinculada ao LinkedIn”, explica Guilherme. Os publiposts são permitidos, mas não para os profissionais que possuem o selo oficial de influenciadores.

Para que o número de ações dentro da plataforma cresça, também é importante ampliar a oferta de formatos de conteúdo, segundo Danilo. “Os formatos do LinkedIn são mais restritos se comparados aos de outras plataformas como Instagram e YouTube, por exemplo”, diz .

Linguagem

O LinkedIn pede ainda um cuidado adicional com a linguagem adotada pelos produtores de conteúdo. Para Danilo, os riscos são similares ao de ações com influenciadores em outras plataformas. “Para que os riscos sejam minimizados, é fundamental conhecer bem o influenciador a ser contratado, seu histórico sobre o assunto a ser abordado, bem como o nível de adequação que ele possui com o conteúdo a ser explorado”, conta.

 

 

 

 

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