YouTube revelou dados por pressão de reguladores
Informações de receita, publicadas pela Alphabet em fevereiro, teriam sido resultado de cobrança da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos
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A decisão da Alphabet, empresa-mãe do Google, de divulgar o faturamento do YouTube pela primeira vez em fevereiro deste ano pode não ter sido completamente voluntária. Segundo documentos divulgados nesta segunda-feira, 16, a empresa teria sido pressionada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) a apresentar mais dados sobre seus negócios.
De acordo com informações da Reuters, em outubro de 2019, os reguladores teriam pedido para a companhia revisar seus registros financeiros e detalhar as informações sobre suas principais unidade de negócios.
Na carta, a instituição observava que o YouTube e as ferramentas de pesquisa para celular e computador registaram diferentes taxas de crescimento e monetização. Como propriedades significativas das receitas de propriedade do Google, a SEC pediu que os dados das plataformas fossem discutidos separadamente para que os investidores pudessem “ver a empresa pelos olhos da administração”.Já em dezembro, a vice-presidente de contabilidade da Alphabet, Amie Thuener O’Toole, respondeu à comissão informando que as receitas de publicidade do YouTube seriam divulgadas separadamente . A executiva ainda justificou que não havia alterações significativas nos negócios de publicidade da companhia e se prontificou a divulgar também as receitas do Google Cloud.
A publicação oficial dos números da plataforma aconteceu em fevereiro deste ano. O YouTube registrou faturamento de US$ 4,7 bilhões com a venda de anúncios, nos últimos três meses de 2019. No total do ano, foram US$ 15,1 bilhões em volume de vendas publicitárias. O número representa cerca de 9% do total alcançado pela empresa. Procuradas pela Reuters, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos e a Alphabet não comentaram o caso.
*Crédito da foto no topo: Christian Wiediger/Unsplash
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