Brasil chega a 35% de alcance de OTT
TV conectada faz parte desse processo e, nos Estados Unidos, deve chegar a 73% das residências até 2021
TV conectada faz parte desse processo e, nos Estados Unidos, deve chegar a 73% das residências até 2021
Sergio Damasceno Silva
19 de outubro de 2017 - 14h44
Os serviços de TV on demand e em streaming, baseados na oferta de players over-the-top (OTT), deverão gerar US$ 64,7 bilhões de receitas em todo o mundo até 2021. Os usuários (e não mais os telespectadores) adoram a experiência das grandes telas planas de TV combinadas com uma imensa variedade, oferecida por players como Netflix, Amazon Prime Video e Globosat Play. E a definição de “assistir à TV” continua em evolução: pesquisa recente da Telaria, com o serviço de streaming Hulu, mostrou que as gerações Y/millennials (nascidos entre 1983-1995) e Z/centennials (nascidos entre 1988-2010) já não fazem distinção nenhuma entre a TV linear (tradicional, com grade de programação) e a TV acessada via OTT: tudo é TV. Nesse contexto, a TV conectada (ou CTV, na sigla em inglês) tem se sobreposto à TV linear rapidamente.
Smart TV é oportunidade para a publicidade: 44% veem conteúdo recomendado pelo aparelho (crédito: 3alexd – iStock)
Nos Estados Unidos, a CTV chegou a 26% dos lares nos dois últimos anos e deve estar em 73% das residências até 2021. No Brasil e na França, onde a programação tradicional da TV permanece dominada pelos grupos convencionais (como a Rede Globo), a expansão da CTV (e de serviços OTT) é menos dramática, mas não menos preocupante. Os dados constam de pesquisa sobre o uso global de CTV feita pela Telaria (antiga Tremor Video), que incluiu o Brasil, EUA, França, Reino Unido e Austrália, e apontam que as TVs conectadas criam oportunidades para a publicidade.
O estudo apurou que 35% da audiência (46% dos millennials) prefere anúncios em serviços de streaming a anúncios na TV linear, mais de 50% das pessoas que veem CTV respondem com uma ação após assistirem a um anúncio e 44% assistem a conteúdo de CTV recomendado pelo aparelho. “Acreditamos que haverá uma migração dos modelos baseados em assinaturas à medida que o meio ganhar escala em direção a um modelo mais tradicional, suportado por publicidade.”
A pesquisa indica uma mudança considerável no comportamento e nas atitudes dos usuários em relação à publicidade no ambiente da CTV que traz novos horizontes para profissionais de marketing”, afirma o CEO da Telaria, Mark Zagorski. No Brasil, que é o terceiro maior mercado de TV do mundo, a penetração de OTT está em 35%, considerada baixa ainda. Ao mesmo tempo, as principais empresas de mídia têm lançado serviços premium de OTT, o que indica aceleração do setor. A pesquisa constata, também, que existe aceitação elevada de publicidade em CTV no País.
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