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Canais e operadoras fazem ofensiva contra pirataria

Campanha da Associação Brasileira de TV por Assinatura terá oito filmes para ajudar a conscientizar a população a respeito das transmissões irregulares


25 de maio de 2021 - 10h27

No primeiro filme da campanha, crianças citam repreendem adultos que ensinam comportamentos corretos, mas não cumprem as próprias determinações ao acessarem conteúdos pagos de forma irregular (Crédito: Reprodução)

O comercial apresentado no intervalo da Globo na noite desse domingo, 23, é o primeiro de uma série de oito filmes que a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) prepara para ajudar a conscientizar a população a respeito de algo que sempre foi uma das maiores dores de cabeça do setor: a pirataria.

De acordo com estimativa da ABTA, baseada em dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pirataria gera, por ano, um impacto financeiro de R$ 15,5 bilhões por ano. Desse montante, R$ 2 bilhões seriam em impostos que deixam de ser arrecadados pelo governo.
Para esse primeiro filme da campanha, a ABTA recorreu ao apelo do exemplo. No comercial, crianças falam sobre os ensinamentos e lições que recebem dos seus pais a respeito de comportamento éticos e corretos, mas que não veem os adultos cumprindo se próprio discurso quando eles, por exemplo, acessam conteúdo de canais pagos de forma irregular.

https://www.youtube.com/watch?v=fI2Si6mdd6I

“Nossa campanha traz um alerta das crianças para esta falta de integridade, entre discurso e prática de muitos adultos. As crianças entendem que um desenho animado, um filme ou um jogo é resultado do trabalho de muitas pessoas e que isso precisa ser respeitado. Entendem também que mesmo um conteúdo disponível na internet não deve ser acessado se for ilegal. Eles sabem que isso é crime, assim como nós também sabemos”, disse, em nota, Oscar Simões, presidente da ABTA.

A campanha publicitária foi criada pela Globo, com produção da Mixer e aprovada pelo Conselho da Associação.

Ofensiva contra a pirataria
Já há algum tempo, a ABTA vem movendo esforços para tentar conscientizar a população e ajudar a combater a irregularidade na distribuição dos sinais de canais pagos. Uma pesquisa encomendada pela associação, realizada pela Mobile Time/Opinion Box, apontou que 33 milhões de brasileiros maiores de 16 anos acessam algum conteúdo de TV paga de forma pirateada.

No ano passado, o movimento da associação contra a pirataria ganhou a adesão de outros órgãos como a Anatel, a Ancine, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério Público, a Polícia Civil, Polícia Federal e a Receita Federal.

A pirataria sempre foi citada por executivos de canais pagos e pela própria ABTA como uma das razões para a dificuldade de ampliação da base de assinantes do setor no País. No Brasil, inclusive, a TV por assinatura vem perdendo público de forma considerável desde 2015. Em março de 2021, a Anatel reportou que a TV paga contava com uma base de 14.307.659 assinantes no Brasil. Um ano atrás (em março de 2020), a base de assinantes era 15.247.316 de contratos.

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