CBF e empresas se posicionam sobre licitação de placas de campo
Jornal Folha de S.Paulo antecipou o vencedor da concorrência em notas cifradas e registrou informação em cartório. Processo foi auditado pela Ernst & Young
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Renato Rogenski
15 de março de 2019 - 11h26
Na terça-feira, 12, a CBF anunciou a empresa que venceu a concorrência para fazer por cinco anos a gestão e comercialização das placas publicitárias de campo da Série A do Brasileirão. A proposta escolhida foi desenvolvida pela Sport Promotion International, um consórcio formado pela agência brasileira Sport Promotion e pelo fundo de investimentos inglês Ecotonian. Na quinta-feira, 14, entretanto, o jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem mostrando como já havia antecipado, em notas cifradas, o resultado da licitação. A informação, que levanta suspeitas sobre a lisura da concorrência, também foi registrada pelo veículo em cartório no dia 31 de janeiro, no 1° Tabelião de Notas da Capital, em São Paulo.
Em nota, a CBF afirmou que todas as etapas do processo foram validadas pelos clubes que disputam a elite do futebol nacional, incluindo a escolha da melhor proposta para exploração dos direitos da propriedade do campo. A entidade também afirmou que o processo foi conduzido pela empresa de consultoria Ernst & Young com total independência, seguindo as melhores práticas de governança e conformidade. “As propostas técnicas e comerciais foram apresentadas pela EY aos clubes no dia 7 de fevereiro, em reunião na sede da CBF. Após tomarem conhecimento das deliberações dos clubes por meio da EY, as empresas proponentes tiveram a oportunidade de atualizar suas propostas. Para as empresas classificadas tecnicamente foi realizado um processo de verificação documental da empresa e dos sócios. Em 22 de fevereiro, em nova reunião para apreciação das condições apresentadas, os clubes selecionaram o vencedor, de acordo com critérios técnicos e comerciais”, afirmou o texto da entidade.
Sobre o processo de concorrência e todos os seus trâmites, a Sport Promotion diz que seguiu de forma retilínea todos os rituais, tanto em relação ao clubes, como a CBF e a auditoria, apresentando a proposta, as garantias e todos os documentos e informações necessárias para participar do pitch.
Também por meio de um comunicado, a Ernst & Young alegou que todo o processo de comunicação, recebimento e negociação foi realizado com total independência da CBF e dos 18 clubes participantes, envolvendo 19 empresas convidadas. “Todas as propostas recebidas na concorrência, de empresas com reputação e histórico no setor, sem exceção foram qualificadas e apresentadas simultaneamente aos clubes no início de fevereiro, e não houve qualquer critério que privilegiasse alguma das empresas participantes. As propostas foram analisadas, sem juízo de valor ou intervenção da EY ou CBF, somente pelos clubes, os quais de forma autônoma votaram presencialmente em colegiado pela proposta que julgaram mais vantajosa, na presença da EY e com registro em ata”, disse o statement da auditoria.
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