Sport Promotion vai gerir patrocínios do Brasileirão
Consórcio criado pela agência em parceria com o fundo inglês vence a concorrência promovida pela CBF
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Renato Rogenski
13 de março de 2019 - 17h42
A Confederação Brasileira de Futebol anunciou um novo parceiro para fazer a captação e a gestão dos patrocínios da série A do Brasileirão. Quem venceu a concorrência foi a Sport Promotion International, um consórcio formado pela agência brasileira Sport Promotion e o fundo de investimentos inglês Ecotonian. Todo o processo foi conduzido pela empresa de consultoria e auditoria Ernst & Young e o contrato vale por cinco anos. Com o acordo, a empresa passa a organizar, padronizar e profissionalizar, com exclusividade, a venda das propriedades de arena do Campeonato Brasileiro.
Segundo a CBF, todas as etapas do processo foram validadas pelos clubes que disputam a elite do futebol nacional, incluindo a escolha da melhor proposta para exploração dos direitos da propriedade do campo. A parceria com os times deve seguir o modelo já acordado com Corinthians e Flamengo, que envolve placas e painéis em campo, ativações no estádio, ações nas redes sociais, branding, promoções, relações públicas e relações institucionais.
Outros campeonatos da CBF já contam com parceria com a Sport Promotion. Entres eles o próprio Campeonato Brasileiro das Séries B, C e D, além do Brasileirão Feminino. “O potencial desse mercado, em um ambiente cada vez mais tecnológico, vem atraindo os principais players internacionais como a IMG, Perform, Dazn e Facebook que expandem a cobertura do futebol para todas as plataformas. A proposta do consórcio Sport Promotion International visa incrementar as receitas dos clubes nas arenas, estimadas em 250 milhões de dólares nos matchdays”, informou o comunicado da companhia.
“Além das placas de publicidade, que são muito importantes no quesito exposição de marcas, as empresas estão atrás de entregas mais específicas e aprofundadas, que tenham a capacidade de gerar um engajamento ainda maior com o público. É preciso realizar um trabalho que vá desde a comercialização de ingressos, passando pela simples divulgação de produtos via sampling até as ativações de marca com experiências mais completas. Tudo agora vai depender da estratégia e a demanda de cada cliente”, afirma Eduardo Barrieu, diretor de marketing da Sport Promotion.
“A Sport Promotion, como uma das agências pioneiras do marketing esportivo no Brasil e muito bem estabelecida no setor, possui know-how de sobra para valorizar e posicionar o Campeonato Brasileiro da melhor forma possível junto ao mercado. Tenho certeza de que ela encontrará fórmulas inteligentes para alavancar as receitas tanto do torneio quanto dos clubes”, avalia Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports.
Vale lembrar que a receita global de arenas, estádios e complexos esportivos supera US$ 50 bilhões anuais, segundo a Sports Value, especializada em marketing esportivo, A Série A do Brasileirão é a décima liga com maior faturamento, e a sexta levando-se em conta apenas as de futebol. “Apresentamos a menor taxa de ocupação, portanto com muito espaço para crescer em novas receitas. Com um esforço para lotar os jogos, o mercado brasileiro poderia estar entre as três maiores receitas de matchday do futebol mundial. Se apresentássemos o mesmo índice de ocupação das grandes ligas, poderíamos faturar US$ 500 milhões anuais com nossos estádios”, projeta Amir Somoggi, sócio diretor da Sports Value.
Por duas décadas a venda de publicidade das placas estáticas de campo do Brasileirão ficaram sob responsabilidade da Globo. O produto era comercializado junto ao pacote de futebol da emissora. Acontece que, estática, e sem outros componentes que caminhem ao lado dela, a placa de campo cumpria apenas o papel de exibição da marca, com muita visibilidade, mas sem uma conversa com o público, uma exigência mais atual das empresas que esperam mais de um patrocínio, com entregas mais completas.
A expectativa é que, com a gestão das propriedades de arena nas mãos de uma agência, com pensamento estratégico, os pacotes se tornem agora mais interessantes para os patrocinadores. Para o marketing esportivo brasileiro, é a oportunidade de ver crescer o volume e o nível de ativações na maior e mais tradicional competição de futebol do país.
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