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Cinemas vivenciam retomada do público no pós-pandemia
Estreias de Barbie e Oppenheimer ajudaram a impulsionar o calendário do ano, atraindo a atenção dos espectadores e também de anunciantes
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Valeria Contado
15 de agosto de 2023 - 6h00
O mês de julho ficou marcado por duas grandes estreias nos cinemas. Barbie e Oppenheimmer dividiram a atenção dos críticos, dos espectadores e marcas. Informalmente chamado de efeito Barbieheimmer, o interesse global pelos dois longas liderou a bilheteria nacional e mundial.
De acordo com dados da Comscore, o filme da boneca havia arrecadado, até o dia 7 de agosto, R$ 189 milhões no Brasil. Já a cinebiografia sobre J. Robert Oppenheimer, R$ 46 milhões.
Globalmente, Barbie quebrou recorde, ultrapassando a barreira do US$ 1 bilhão em bilheteria. É a primeira fez que um longa dirigido por uma mulher alcança tal marca.
Com isso, as conversas geradas pelas duas estreias impulsionaram o setor, projetando, finalmente, uma retomada financeira após o período de pandemia. Isso acontece porque, em 2023, a programação de estreias foi favorável para os cinemas retornarem ao cenário da disputa de atenção de marcas e espectadores. Assim, as distribuidoras encontraram um caminho para se recuperar do baque causado pelo afastamento do público durante a pandemia de Covid-19.
Segundo Adriana Cacace, diretora geral da Flix Media Brasil e Latam, a empresa já está em linha com o recorde de 2019 e, por isso, a expectativa de recuperar os números pré-pandemia em 2023 são altas.
A executiva alerta, no entanto, que para que isso aconteça, é preciso que as salas de cinema continuem desenvolvendo experiências. “Trabalhamos muito para gerar boas oportunidades para as marcas utilizarem o entretenimento. Estamos em um bom momento, em que os anunciantes perceberam que ter cinema no plano de mídia enriquece a estratégia”.
Já para o fundador da Expocine, feira de negócios de cinema, Marcelo L. Lima, as salas de cinema vivem seu melhor momento para se recuperar da crise. Mas o setor ainda está longe de todo o seu potencial. “Nem chegamos na metade do teto de um sucesso vindouro, onde as empresas podem realmente investir no cinema, tanto para ativar marcas como para investimentos em ingressos corporativos, festas, eventos e muito mais”.
Todo esse movimento também é reflexo de uma movimentação das distribuidoras de atrair os espectadores para as salas. Um exemplo foi o próprio Oppenheimer. O filme de Christopher Nolan foi filmado em IMAX 65mm e combinou cinematografia analógica em preto e branco em IMAX. Isso fez com que, desde as primeiras divulgações da obra, a crítica internacional destacasse a importância da experiência nas salas de cinema para que o público pudesse desfrutar de todos os aspectos do filme.
Esse ponto se une a um lineup que apresenta inovação e nostalgia e que é um fator decisivo para o espectador. “Nos últimos anos, Hollywood tem apostado em filmes de ação, cujos efeitos especiais – tanto visuais quanto sonoros – têm outro efeito na tela grande”, diz a fundadora e CEO da Oxygen, Andrea Janér. Desse modo, para ela, trazer esses bônus para a vivência presencial nas salas se torna uma oportunidade para fisgar os clientes.
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