Disputa pelo Brasileirão chega ao Cade
Desde fevereiro, o órgão acompanha as conversas envolvendo transmissões de futebol; na última semana, a CBF informou que negocia a Copa do Brasil somente com a Globo
Desde fevereiro, o órgão acompanha as conversas envolvendo transmissões de futebol; na última semana, a CBF informou que negocia a Copa do Brasil somente com a Globo
Luiz Gustavo Pacete
7 de março de 2016 - 10h49
A disputa pela transmissão do Campeonato Brasileiro na TV paga e na TV aberta a partir de 2019 ganhou novos elementos.
Documentos revelados pela Folha de S.Paulo do último sábado, 5, aos quais Meio & Mensagem também teve acesso, mostram que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acompanha de perto as negociações.
O órgão questiona a Globo sobre quais são os clubes que possuem negociação em andamento e os principais fatores que têm sido levados em consideração nessas negociações. O Cade não permite a venda em pacote, obrigando propostas separadas.
De acordo com a Folha, o São Paulo teria aceitado a proposta da Globo somente na TV fechada. Já o Palmeiras teria pedido que o canal separasse as ofertas. A emissora disse que não comenta processos em andamento no Cade. Ao Meio & Mensagem, o Cade confirmou que trata-se de “uma fase de colheita de informações sobre o mercado. Após a instrução inicial, o procedimento pode ser transformado em inquérito administrativo ou arquivado”.
No mês passado, o Esporte Interativo (EI), canal da Turner que disputa os direitos de transmissão do Brasileirão no cabo, se pronunciou sobre o assunto. Em um comunicado, publicado no site do canal, no dia 15, o EI confirmou que está negociando com alguns times os direitos de transmissão do Brasileirão, entre 2019 e 2023, na TV paga.
No posicionamento, o canal da Turner disse que sua proposta representa para os clubes um aumento de mais de nove vezes da receita atual. O EI ressaltou que aceitar a proposta deles não trará problemas quando os jogos forem transmitidos pela TV aberta ou pay-per-view, direitos que devem ser renovados pela Rede Globo, porque são contratos diferentes. O Esporte Interativo explicou ainda que a divisão das receitas entre os clubes que fecharem acordo seguirá o modelo utilizado na Premier League inglesa.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, na semana passada, Edgar Diniz, vice-presidente sênior e head de esportes da Turner na América Latina, destacou que o canal negocia com os clubes, mas não pode revelar detalhes. “Há uma oportunidade a partir do fim dos contratos atuais, em 2019, vale dizer que hoje os direitos são comercializados por meio de contratos independentes para a TV aberta, paga e pay-per-view. Os clubes têm a oportunidade de negociar e maximizar a concorrência em cada uma dessas janelas”, disse.
Leia também:
– Combate apoia livre concorrência na TV paga
– EI fala sobre negociação do Brasileirão
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