eMarketer prevê aumento de 2,8% do mercado

Meio & Mensagem
26 de setembro de 2013 - 8h40

O instituto americano eMarketer divulgou nessa quarta-feira, 25, seu relatório Global Media Intelligence (GMI) sobre uso e tendências de investimentos em mídia. O estudo cobre as regiões da Ásia Oriental, Europa Central e Oriental, América Latina, Oriente Médio e África, América do Norte e Europa ocidental, considerando 40 países. O relatório reuniu e qualificou mais de 700 bancos de dados coletados em cerca de 150 fontes de pesquisa.

Kate Sirkin, vice-presidente executiva de pesquisa do grupo Starcom MediaVest, que colabora com o eMarketer há quatro anos na tabulação e análise de dados do GMI, destacou o aumento progressivo do interesse do mercado por tecnologias móveis. “Como smartphones e tablets se tornaram onipresentes, os anunciantes serão capazes de capitalizar essa oportunidade única para desenvolver experiências mais significativas com os consumidores. Deverão aumentar os investimentos em publicidade móvel em todo o mundo para cerca de US$ 59,7 bilhões em 2017, quase quatro vezes mais que este ano”, comentou a executiva.

Apesar da perspectiva de bons negócios no futuro, uma análise do quadro atual mostra que as receitas crescem em ritmo mais lento em 2013, com uma perspectiva de ganho de 2,8% em relação ao ano passado, fechando com US$ 517,10 – 2012 teve crescimento de 4,4%. Os mercados mais cautelosos são Ásia Oriental e Europa Ocidental, que só deverão crescer 0,7% e 0,9% respectivamente. As regiões que mais deverão se expandir são América Latina e Europa Central e Oriental, com 5,8% e 10%.

Segundo o estudo, o crescimento da internet e de dispositivos móveis nos países latinos colaboram para o desempenho. Cerca de 299,5 milhões de pessoas deverão ter acesso à rede no continente em 2013, 50% da população total da América Latina. Em 2008, só 26,7% dos latinos eram usuários da internet. Pelo menos 414 milhões de pessoas terão um celular e pelo menos 111,6 milhões terão smartphones.

Apesar dos bons números de consumidores, o continente ainda representa uma fatia pequena dos gastos internacionais em propaganda digital (3,5%) e em dispositivos móveis (menos de 1%), o que indica espaço para crescimento. Outra janela de investimentos são redes sociais, que seguem uma crescente e serão quase a totalidade de usuários da web até o fim do ano (veja quadro).